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Morre um dos fundadores da maior facção criminosa do Rio

William 'Professor' tinha 76 anos e sofreu um enfarte

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Na madrugada desta quarta-feira, William da Silva Lima, conhecido como Professor, morreu aos 76 anos após sofrer um enfarte na casa onde morava com a família, na Zona Sul do Rio. O Professor foi um dos fundadores da maior facção criminosa do Rio. O corpo dele foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, também na Zona Sul, na tarde desta quinta-feira.

William ficou preso durante mais de três décadas e hoje cumpria pena em regime aberto e era monitorado por uma tornozeleira eletrônica. Nos últimos anos ele contava com o auxílio de um cuidador por estar com a saúde frágil. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, Professor tinha condenações que somavam 95 anos e seis meses de prisão por crimes como assaltos a banco, extorsão e sequestro.

O Comando Vermelho surgiu em 1979, no presídio Cândido Mendes, na Ilha Grande, com o convívio entre presos comuns e políticos. Além de William, Rogério Lemgruber também foi um dos fundadores. Professor era uma espécie de representante dos presos, redigia petições para os detentos e cartas para autoridades. Ele escreveu o livro “400 x 1 – Uma história do Comando Vermelho”, na qual contou o surgimento da facção. Lançada pela editora ANF Produções, um braço da Agência de Notícias das Favelas, a história foi transformada em filme em 2010.

O título escolhido por William se refere ao cerco policial que resultou na morte do assaltante José Jorge Saldanha, o Zé Bigode, na década de 80, na Ilha do Governador. Foram 12 horas de tiroteio intenso e cerca de quatro centenas de policiais mobilizados.

O Professor foi casado por mais de 30 anos com Simone Barros Correa de Menezes, que o conheceu ainda quando era detento na Ilha Grande. Ele tinha quatro filhos, três deles com a atual companheira.

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