Rio
Morro dos Macacos registra tiroteios durante todo final de semana
Após a morte do traficante "Titauro", o Morro dos Macacos vive dias de medo com novos confrontos armadosA situação continua crítica no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio. Após a operação do Bope na última sexta-feira (11), que terminou com a morte de “Titauro”, traficante apontado como chefe do tráfico local, a comunidade voltou a ser palco de tiroteios na manhã desta segunda-feira (14).
O cenário de guerra impactou o funcionamento de nove escolas municipais, de acordo com a Secretaria de Educação. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde informou que uma clínica da família suspendeu o funcionamento e um centro municipal de saúde cancelou as atividades externas.
Desde a morte de “Titauro”, inúmeros tiroteios foram registrados na região. No fim de semana, policiais militares foram atacados a tiros, o que desencadeou novos confrontos.
Apesar da gravidade dos episódios, não há registro de feridos, e o policiamento segue reforçado na região.
Conflitos entre facções rivais têm ocorrido há semanas e vêm afetando diretamente a rotina da população local.
Morte e ficha criminal de “Titauro”
Pedro Paulo Lucas Adriano do Nascimento, o “Titauro”, era um dos principais líderes de uma facção criminosa que atua na Zona Norte do Rio. Ele foi morto durante uma operação da Polícia Militar no fim da tarde desta sexta-feira (11), no Morro dos Macacos.
A operação foi conduzida por equipes do BOPE e da Subsecretaria de Inteligência (SSI), que monitoravam um encontro de criminosos que planejavam ataques às comunidades Cruz e Casa Branca. Segundo a PM, “Titauro” era o articulador dessas ações e liderava disputas por territórios com uso de violência.
Durante a tentativa de abordagem, houve confronto. O criminoso foi atingido, levado ao Hospital do Andaraí, mas não resistiu aos ferimentos. Com ele, os agentes apreenderam um fuzil e diversas munições.
“Titauro” tinha mais de 60 anotações criminais e era foragido da Justiça, com dois mandados de prisão em aberto. Ele era considerado peça-chave nas estratégias de expansão da facção que representava.