Niterói lança programa para zerar fila de exames no SUS

A Prefeitura de Niterói lançou, nesta segunda-feira (14), o programa Fila Zero, que tem como objetivo eliminar o tempo de espera por exames na rede pública municipal de saúde. A iniciativa, apresentada no auditório do Caminho Niemeyer, prevê parcerias com a rede privada e entidades sem fins lucrativos, através de um modelo de complementação financeira baseado em uma nova tabela própria: a Tabela SUS-Niterói.

Com o novo programa, a expectativa é de que 10 mil exames sejam realizados por mês, ajudando a reduzir a demanda reprimida e garantindo acesso mais rápido a diagnósticos. O projeto busca fortalecer a Rede Municipal de Atenção à Saúde por meio da remuneração diferenciada dos serviços, estabelecida com base em pesquisas de mercado.

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Como o programa Fila Zero vai funcionar na prática?

O programa autoriza a contratação direta de clínicas e laboratórios privados por meio de editais que serão lançados em grupos de exames. Segundo a secretária de Saúde Ilza Fellows, o primeiro edital já será publicado nesta terça-feira (15), com os seguintes exames entre os mais solicitados: ecocardiografia transtorácica, colonoscopia, ultrassonografia mamária bilateral e endoscopia digestiva.

O prefeito Rodrigo Neves destacou a importância do esforço coletivo: “A gente precisa dar conta desse desafio de zerar as filas de exames. Preciso muito que os profissionais de saúde, na ponta, os médicos de família e as policlínicas façam um esforço concentrado junto com o comando central da Secretaria de Saúde, junto com o setor privado, e que a gente possa, quem sabe, em dezembro, zerar essa fila de exames e consultas na cidade”, afirmou.

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Por que a demanda por exames aumentou em Niterói?

De acordo com a Secretaria de Saúde, a demanda cresceu após a pandemia de Covid-19, quando a população passou a buscar mais os serviços da atenção básica. Atualmente, cerca de 95% dos moradores da cidade estão cobertos pelo programa Médico de Família.

A Tabela SUS-Niterói, criada por decreto e aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde, permitirá que os serviços contratados sejam pagos com base em valores mais condizentes com o mercado, garantindo viabilidade financeira para as instituições participantes. Os recursos virão do orçamento próprio do município.

Caso necessário, os valores poderão ser reajustados, com aprovação do Conselho e proposta da Secretaria de Saúde, principalmente se houver mudanças na tabela nacional do SUS.