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Operação mira PMs envolvidos em execuções para o “Escritório do Crime”

Grupo liderado por ex-PM vendia armas e cometeu execuções à luz do dia, segundo o MPRJ

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MPRJ. Foto: Divulgação

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou nesta quinta-feira (15) uma operação que busca cumprir nove mandados de prisão contra acusados de integrar um grupo criminoso armado, nos moldes do antigo Escritório do Crime. Entre os alvos estão três policiais militares, inclusive um capitão da PM.

A ação acontece com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). Os alvos atuavam nos batalhões do 9º BPM (Honório Gurgel), 39º BPM (Belford Roxo) e no Batalhão Especial Prisional (BEP).

Qual era a atuação do grupo criminoso desarticulado?

As investigações apontam que o grupo seguia ordens de lideranças da contravenção penal e operava um esquema de comércio ilegal de armas e munições apreendidas pela própria Polícia Militar. As denúncias também indicam envolvimento em sequestros e execuções sumárias, algumas delas cometidas em plena luz do dia.

O GAECO denunciou os nove integrantes por organização criminosa armada, sequestro e tráfico de armas de fogo e munições. O líder da quadrilha seria Thiago Soares Andrade Silva, conhecido como Ganso, ex-policial militar.

Quais crimes são atribuídos ao grupo?

Dois homicídios com características de execução foram atribuídos à organização. O primeiro ocorreu em setembro de 2021, em Vargem Pequena, onde Fábio Romualdo Mendes foi morto dentro de seu carro com vários tiros. O segundo caso foi em outubro do mesmo ano, quando Neri Peres Júnior foi executado com tiros de fuzil após emboscada em uma via pública em Realengo.

De acordo com o GAECO, os assassinatos estão relacionados a disputas entre facções criminosas rivais. Os mandados judiciais foram expedidos pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital e pela Auditoria da Justiça Militar.