Número de pessoas em situação de rua cresce no Centro do Rio
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Número de pessoas em situação de rua cresce no Centro do Rio

Um levantamento da prefeitura do Rio em 2022, apontava que na cidade carioca, mais de 7 mil e 800 pessoas viviam nas ruas

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Número de pessoas em situação de rua cresce no Centro do Rio. Foto: Cyro Neves/Rádio Tupi

O alto número de pessoas em situação de rua vem tomando espaço das calçadas no Centro do Rio. Central do Brasil, Cinelândia, Avenida Presidente Vargas, rua Santa Luzia, entre outras vias, mostram o cenário de pessoas que perderam emprego, se envolveram com drogas, com o álcool, que vivem ao relento, reféns do frio durante as noites de inverno e vivem cercados no coração financeiro de uma das mais importantes cidades do Brasil.

“O frio dói na alma e a fome também. Ganhamos quentinhas, mas os próprios moradores de rua roubam uns dos outros. Se a gente não comer na hora, dormir, acaba sendo roubado. É assim que funciona. Já roubaram mochilas, cobertas e até minha cachaça”, revelou Marcelo da Silva, que vive há 15 anos nas ruas do Rio.

Ele contou que o vício do álcool é terrível, mas não consegue largar. “Quando eu fico um dia sem beber, as minhas pernas começam a tremer. As mãos ficam trêmulas. O vício não é mole, não. A cachaça também aquece a minha madrugada com o cigarro.”

Número de pessoas em situação de rua cresce no Centro do Rio. Foto: Cyro Neves/Rádio Tupi

Um levantamento da prefeitura do Rio em 2022, apontava que na cidade carioca, mais de 7 mil e 800 pessoas viviam nas ruas. A equipe da Super Rádio Tupi fez um vídeo na Avenida Presidente Vargas e flagrou dezenas de moradores de rua, na frente de agências bancárias e prédios históricos.

Abordagens sociais

A Secretaria Municipal de Assistência Social informou, através de nota, que equipes realizam abordagens sociais durante o dia e a noite.

Somente no mês de junho de 2025, foram feitos 987 atendimentos na Avenida Presidente Vargas, resultando em 329 encaminhamentos a rede socioassistencial e 547 acolhimentos. Com a chegada do inverno, a rede de proteção foi reforçada com mais 170 vagas temporárias com alimentação, banho e pernoite.

Número de pessoas em situação de rua cresce no Centro do Rio. Foto: Cyro Neves/Rádio Tupi

A Secretaria destacou também que o acolhimento não é compulsório. A permanência das pessoas nos abrigos depende da aceitação voluntária de cada um.