O que se sabe sobre a morte da adolescente de 17 anos na Cidade de Deus

A morte de Adrielly Malaquias Messias, de 17 anos, na comunidade Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, é investigada pela Polícia Civil como feminicídio. O principal suspeito do crime é o ex-namorado da vítima, que não aceitava o fim do relacionamento e se entregou às autoridades. O caso gerou comoção e um forte apelo por justiça entre moradores e familiares.

De acordo com relatos de parentes, a adolescente vinha recebendo ameaças desde que decidiu terminar o namoro. O suspeito teria deixado claro que não permitiria que ela se relacionasse com outra pessoa, o que reforça a principal linha de investigação da polícia.

Adrielly foi baleada na comunidade, chegou a ser socorrida na UPA da Cidade de Deus e transferida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu o caso e investiga a dinâmica do assassinato.

O que a investigação aponta

A principal hipótese da polícia é de feminicídio, motivado pelo inconformismo do suspeito com o término. Após o crime, o ex-namorado se entregou na 166ª DP (Angra dos Reis) e foi transferido para a DHC, na capital. A polícia apura se ele cometeu o crime pessoalmente e busca outras provas para concluir o inquérito.

Clima de medo e pedido por justiça

O assassinato abalou a Cidade de Deus. Nas redes sociais, amigos e familiares publicaram homenagens à jovem e cobraram uma resposta das autoridades. O caso levanta novamente o debate sobre a violência contra a mulher em áreas controladas pelo crime organizado, onde o poder paralelo impõe suas próprias regras.

Há um clima de medo entre os moradores, que temem represálias caso colaborem com as investigações. Mesmo com o suspeito sob custódia, a família pede que qualquer informação que ajude a esclarecer totalmente o crime seja repassada às autoridades, ainda que de forma anônima, por meio do Disque Denúncia.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.