Obras do metrô da Gávea avançam com início das detonações

O governador Cláudio Castro deu início nesta sexta-feira (12) de dezembro, às detonações de rocha na obra da estação de metrô da Gávea, etapa antecipada em três meses após o esgotamento da água dos poços. A intervenção abre um trecho de 60 metros em direção a São Conrado. A futura estação deverá atender cerca de 20 mil pessoas por dia.

O que envolve a nova fase das obras?

Segundo o governo, a etapa atual inclui a escavação do corpo da estação, abrangendo plataforma, mezanino e o túnel de ligação com São Conrado. A previsão é retirar aproximadamente 140 mil toneladas de rocha ao longo de 12 meses, com descarte em área regularizada. Outras frentes, como a preparação da via permanente e das rotas de fuga, seguem em andamento.

Castro afirmou que a retomada das obras representa um avanço fruto de diálogo e articulação institucional. Para ele, trata-se de “construir futuro” e garantir respeito ao recurso público.

Por que o cronograma foi antecipado?

O início das detonações só foi possível após o esgotamento de 60 milhões de litros de água dos poços de cerca de 50 metros de profundidade. O processo começou em 14 de agosto e terminou em meados de novembro. A água passou por decantação antes de ser direcionada ao canal do Rio Rainha.

A secretária Priscila Sakalem destacou que a estação é peça-chave da expansão da Linha 4 e da integração entre Zona Sul, Barra da Tijuca e Região Metropolitana. Ela afirmou que cada avanço melhora deslocamentos e oferece mais segurança aos usuários.

Como funciona o procedimento de detonação?

O cronograma inclui definição do projeto, marcações topográficas, perfuração, carregamento dos explosivos e isolamento da área. Depois, ocorre a limpeza, seguida da instalação de tirantes e telas de fixação para garantir estabilidade. O processo é concluído com aplicação de concreto projetado para proteção das escavações.

Qual é o prazo para conclusão da obra?

A previsão é de 39 meses totais, com inauguração no segundo semestre de 2028. Para Guilherme Ramalho, presidente do MetrôRio, a conclusão do esgotamento dos poços marca o destravamento da expansão metroviária. Ele afirmou que investir em metrô gera retorno social, ambiental e econômico.