Operação da PF em Cabo Frio (RJ) combate “sextorsão” e abuso sexual infantil

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (29) uma operação para combater crimes de abuso sexual infantil na modalidade de “sextorsão”. A ação, realizada em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, resultou na apreensão de material de um suspeito de 23 anos que chantageava uma vítima para obter vídeos de natureza sexual.

Policiais federais da delegacia de Macaé (DPF/MCE) cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do investigado. Durante a ação, o celular do suspeito foi apreendido e será encaminhado para perícia técnica criminal.

As investigações apontaram que o homem chantageava a vítima de forma virtual por meio de uma plataforma digital. Ele ameaçava divulgar fotos e vídeos íntimos para forçar a produção e o envio de novos conteúdos sexuais.

O que é ‘sextorsão’?

A prática, conhecida como “sextortion” ou “sextorsão”, é uma forma grave de violência e chantagem. Ocorre quando há a ameaça de divulgar imagens íntimas para forçar alguém a fazer algo, seja por vingança, humilhação ou para extorsão financeira ou sexual. As consequências para as vítimas podem ser extremas.

O investigado responderá pelos crimes de armazenamento e compartilhamento de mídias com cenas de abuso sexual infantojuvenil, além de estupro.

A legislação brasileira, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ainda utiliza o termo “pornografia” para descrever a situação. No entanto, a comunidade internacional prefere as nomenclaturas “abuso sexual de crianças e adolescentes” ou “violência sexual”.

Segundo a PF, a mudança de termo ajuda a dar a real dimensão da violência sofrida pelas vítimas desses crimes devastadores.

Alerta para pais e responsáveis

A Polícia Federal alerta para a importância de pais e responsáveis monitorarem e orientarem seus filhos sobre os perigos no ambiente virtual e físico. Acompanhar de perto as atividades online e conversar abertamente sobre o uso seguro de redes sociais, jogos e aplicativos são medidas essenciais de proteção.

Mudanças de comportamento, como isolamento repentino ou excesso de segredos sobre o uso de celular e computador, podem ser sinais de risco. É fundamental ensinar crianças e adolescentes a procurar ajuda diante de contatos inadequados, reforçando que a prevenção é a forma mais eficaz de garantir sua segurança.