Oruam se entrega à polícia e promete: “Vou dar a volta por cima”

O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, se entregou à Polícia Civil no fim da tarde desta terça-feira (22), após ter sua prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio. Indiciado por sete crimes, o artista se apresentou na Cidade da Polícia acompanhado da mãe e da namorada.

Oruam é acusado de impedir a apreensão de um adolescente foragido, identificado como Menor Piu, durante uma operação policial realizada na noite de segunda-feira (21), no bairro do Joá, Zona Oeste da cidade. Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), o rapper e outros suspeitos atacaram agentes com pedras e frustraram o cumprimento do mandado judicial.

O que disse Oruam ao se entregar?

Antes de se apresentar às autoridades, Oruam publicou um vídeo em tom de desabafo nas redes sociais.

“Eu errei. Desculpa aí todo mundo. Vou dar a volta por cima e vencer através da minha música”, disse o cantor, pouco antes de sua conta sair do ar.

Já ao chegar à delegacia, o rapper reafirmou sua intenção de recomeçar:

“Só quero pedir desculpa. Amo muito meus fãs. Vou dar a volta por cima, tropa. Tô com Deus e tá tranquilão. Sou forte!”

Por que Oruam está sendo acusado?

A DRE indiciou Oruam por sete crimes:

• Tráfico de drogas
• Associação para o tráfico
• Resistência qualificada
• Desacato
• Dano qualificado
• Ameaça
• Lesão corporal

De acordo com a polícia, a casa do artista se transformou em um ponto de encontro de criminosos. O adolescente foragido que estava no local seria ligado ao Comando Vermelho, atuaria como segurança pessoal do traficante Doca (chefe do tráfico no Complexo da Penha) e é apontado como um dos maiores ladrões de veículos do estado.

A polícia também menciona a existência de fotos de Oruam com Doca e com Rabicó, chefe da facção no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.

E o menor foragido?

O Menor Piu, alvo da operação que resultou no tumulto, também se entregou à polícia na tarde desta terça-feira. Ele havia escapado da viatura após o conflito e era considerado peça-chave na investigação sobre ações criminosas da facção.

A defesa de Oruam afirma que ainda não teve acesso completo ao inquérito e por isso não irá se manifestar neste momento.