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PM morto na Av. Brasil pode ter sido caçado por drone

Polícia investiga se PM foi monitorado por drone antes de ser morto na guerra entre milicianos e traficantes

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Foto: Reprodução/TV Globo

A Delegacia de Homicídios da Capital apura se o cabo Marcelo José Batista, de 44 anos, morto em abril na Avenida Brasil, foi monitorado por traficantes com o uso de drone antes de ser executado. O crime ocorreu próximo à Vila Kennedy, área que faz fronteira com a comunidade do Catiri, em Bangu.

As investigações indicam que o militar estava em um carro branco com placa fria quando foi atingido por diversos tiros. A suspeita é de que a execução esteja ligada à disputa pelo domínio da região entre traficantes do Comando Vermelho e grupos milicianos. Há indícios ainda de um possível envolvimento do policial com a milícia local.

Como os drones estão sendo usados nos ataques no Catiri?

Moradores do Catiri relataram que granadas têm sido lançadas dentro da comunidade por drones, o que tem deixado feridos. Um dos ataques mais recentes ocorreu na segunda-feira (7), e outro, no início de junho, teria atingido até mesmo uma igreja.

A estratégia usada no Catiri é semelhante à observada em 2024 durante conflitos entre facções nas comunidades do Quitungo, Brás de Pina e Cidade Alta, no Complexo de Israel, segundo relatos e registros das autoridades.

Quem comanda os ataques do tráfico na região?

A Polícia Civil aponta que os ataques são liderados por traficantes da facção Comando Vermelho, sob ordens de Rodney Lima Freitas, conhecido como RD. A “Tropa do RD”, como é chamada a quadrilha, é responsável por ações armadas com o objetivo de retomar territórios dominados pela milícia.

Um dos principais integrantes do grupo, Rafael Souza Luz, apelidado de Pulgão, foi preso recentemente. Ex-policial civil, ele cumpriu seis anos de prisão por chefiar uma milícia na Zona Oeste do Rio.

Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a facção atua de forma violenta em áreas como Barbante, Catiri, Vila Kennedy, Campo Grande, Santa Cruz e Guaratiba.

O que dizem as autoridades sobre os ataques com drones?

Em nota oficial, a Polícia Civil afirmou que a Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) conduz investigações para identificar e responsabilizar os envolvidos nas ações criminosas. Até o momento, porém, não houve resposta oficial sobre o uso de drones para lançar granadas, conforme questionado por veículos de imprensa.

A região continua sendo palco de intensos conflitos entre milicianos e traficantes, com registros de explosões, tiroteios e ações de alto risco envolvendo tecnologia, como drones, para fins bélicos.