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Polícia Civil mira em quadrilha especializada no golpe do empréstimo consignado

No total, os agentes cumprem sete mandados de prisão e cinco de busca e apreensão

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Preso operação Stop Loss
Preso operação Stop Loss (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, na manhã dessa segunda-feira (07), a “Operação Stop Loss”, com o objetivo de cumprir 7 mandados de prisão e 5 de busca e apreensão contra uma associação criminosa responsável por causar prejuízo financeiro em aposentados e servidores públicos do Rio e da Bahia com o famoso golpe do empréstimo consignado. Até a última atualização desta reportagem, cinco pessoas haviam sido presas.

Os golpistas abriam empresas em nome próprio ou de laranjas e atraiam clientes oferecendo retornos vantajosos em investimentos no mercado financeiro. Os recursos para o suposto investimento eram obtidos por meio de empréstimos consignados contraídos pelas vítimas com a orientação dos golpistas. Por esse motivo as principais vítimas da quadrilha eram os aposentados e servidores públicos, inclusive policiais.

Após serem atraídas e contraírem os empréstimos, as vítimas ficavam com 10% do valor e transferiam 90% para contas bancárias indicadas pela empresa. Para dar aparência de legalidade as empresas emitiam um contrato de cessão de crédito e investimento onde se encarregavam de fazer as supostas operações no mercado financeiro para pagar todas as parcelas dos consignados contraídos pelas vítimas.

Como as operações financeiras prometidas pela empresa eram inexistentes, após o pagamento das primeiras parcelas os estelionatários fechavam as portas das empresas e desapareciam com o dinheiro, deixando as dívidas dos empréstimos para as vítimas.

“Por trás de três empresas usadas para praticar os golpes estavam pai e filho. Rodrigo Santos Venerando e o pai, Paulo Roberto Rodrigues Venerando, eram os administradores das empresas RD Venerando Serviços Financeiros Ltda, Destak Soluções Financeiras Ltda e Imperial Consultoria em Finanças Ltda, todas já fechadas. A ficha criminal de cada um possui cerca de 20 anotações criminais pelos crimes de estelionato, organização criminosa, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e lavagem de dinheiro. Apesar do histórico eles nunca tinham sido presos”, destacou o delegado Luiz Henrique Marques.

Um fato que surpreendeu os investigadores é que a empresa Imperial Consultoria em Finanças Ltda, que teve as portas fechadas em setembro de 2021, tinha como sócia administradora uma idosa de 80 anos acometida por um quadro de demência grave causada pela doença de Parkinson. Ela é tia de outro envolvido no esquema criminoso, Fernando dos Santos Martins, que aproveitou do estado de saúde da idosa para usá-la como laranja da empresa.

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato e associação criminosa com penas que somadas podem chegar a 8 anos de prisão.

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