Polícia prende maior receptador de cobre da Baixada Fluminense

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu cerca de 10 toneladas de cabos metálicos furtados e prendeu o maior receptador de cobre da Baixada Fluminense, durante mais uma fase da Operação Caminhos do Cobre, realizada nesta quarta-feira (8).

A ação foi conduzida por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) em Duque de Caxias e contou com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, além de concessionárias de energia, telefonia, internet e transporte.

Como funcionava o esquema de receptação de cobre?

Após trabalhos de inteligência e monitoramento, os policiais localizaram dois endereços utilizados para o armazenamento e revenda de materiais furtados de concessionárias.

No primeiro ponto, localizado no bairro Parque Pauliceia, os agentes encontraram um galpão com aproximadamente 10 toneladas de cabos metálicos e prenderam o proprietário em flagrante. Segundo as investigações, o homem é considerado o maior receptador de cobre da Baixada Fluminense.

O que foi descoberto no segundo endereço?

O segundo local, situado na Comunidade da Mangueirinha, funcionava como um ferro-velho irregular em área sob influência do tráfico de drogas.
No local, foi apreendida grande quantidade de cobre queimado, técnica usada para ocultar a origem criminosa do material e dificultar sua identificação.

Todo o material apreendido será periciado, e os estabelecimentos foram interditados com o apoio das autoridades municipais.

O que é a Operação Caminhos do Cobre?

A Operação Caminhos do Cobre é uma iniciativa permanente da DRF voltada ao combate ao furto e receptação de cabos e metais no estado. A ofensiva mira toda a cadeia criminosa, desde os furtadores até as metalúrgicas envolvidas na revenda dos materiais.

Principais resultados da operação até agora:

• Mais de 430 fiscalizações em ferros-velhos desde setembro de 2024
• 200 prisões de responsáveis por receptação ilegal
• 300 toneladas de cabos e metais apreendidos
• R$ 240 milhões bloqueados pela Justiça

Segundo a Polícia Civil, a operação já se consolidou como uma das maiores ações contra o crime patrimonial no Rio de Janeiro, desarticulando a infraestrutura financeira do tráfico e da receptação ilegal de cobre.