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Rio

Prefeituras do interior do RJ são alvos de denúncia por descumprir igualdade ao contratar shows sem dar espaço para todos os grupos religiosos

Na ação, relator da CPI da Intolerância, Átila Nunes, cita as cidades de Paty do Alferes, Italva e Magé

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festa do tomate
(Foto: Reprodução)

Depois da polêmica em torno da festa promovida pela Prefeitura de Itaboraí,  com a participação  de apenas  artistas gospels e ataques  do pastor Felippe Valadão contra religiões de matriz afro-brasileira, outras três prefeituras do Rio são alvos de denúncia por  favorecimento de apenas um grupo religioso na contratação de atrações para as festas promovidas pela administração pública.

Na ação protocolada no Ministério Público, o relator da CPI da Intolerância Religiosa, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio, Átila Nunes (PSD),  cita três cidades, entre elas Paty do  Alferes, onde do dia 12 a 19 de junho será realizada a Festa do Tomate,  maior evento do interior do estado do Rio de Janeiro,  sem a participação de atrações artísticas da igreja católica e umbanda, por exemplo. 

Os municípios de Italva e Magé, que  também estão se preparando para realizar festas  com  shows somente de representantes de igrejas neopetencostais, também estão sendo denunciadas pelo relator da CPI. Para o deputado, a opção das prefeituras em contratar apenas representantes de um segmento religioso fere totalmente os princípios de igualdade.

“Por que dar espaço para apenas uma crença se todas as outras têm artistas e investem na cultura? Isso é descriminação. Ninguém é eleito prefeito para governar somente para os religiosos da sua convicção. Denunciar é importantíssimo para lutarmos por igualdade e espaço a todos os artistas, independentemente da sua fé”, afirmou o relator Átila Nunes.

A Festa do Tomate acontece no Parque de Exposições da cidade. Entre as atrações contratadas pela prefeitura que se apresentam nos dois primeiros dias de festa está o pastor Felippe Valadão, que foi denunciado pelo deputado ao Ministério Público e à Decradi, delegacia especializada em crimes de intolerância religiosa, após ataques que ele fez contra adeptos de religiões de matriz afro-brasileira, a quem chamou de ‘endemoniados’, durante as comemorações pelo aniversário de Itaboraí.

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