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Rio

Preso por envolvimento no assassinato de Jeff Machado diz que recebeu R$ 500 para participar do crime

Polícia já havia descartado essa versão, destacando que era fantasiosa e que não existe terceira pessoa

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Jander Vinícius da Silva Braga
Preso por envolvimento no assassinato de Jeff Machado diz que recebeu R$ 500 para participar do crime (Foto: Divulgação)

Jeander Vinicius da Silva Braga descreveu todo o assassinato do ator Jeff Machado após a prisão na Delegacia de Descoberta de Paradeiros, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (2). Em novo depoimento, Jeander afirma que teria recebido R$ 500 de Bruno de Souza Rodrigues para esconder o crime real e colaborar com a versão de que uma terceira pessoa, chamada Marcelo, teria cometido o assassinato. A polícia já havia descartado essa versão, destacando que era fantasiosa e que não existe terceira pessoa.

Segundo a delegada Ellen Souto, a motivação do crime foi totalmente financeira. Bruno havia prometido uma vaga em uma novela da emissora TV Globo e essa filmagem falsa estava marcada para começar no dia 26 de janeiro de 2023. Por isso, três dias antes, Bruno decidiu assassinar o ator para que Jeff não o desmoralizasse no meio artístico.

Ainda de acordo com o depoimento de Jeander, os três teriam marcado para gravar um vídeo sexual no dia 23 de janeiro de 2023. Chegando no local, Bruno dopou Jeff com um entorpecente, quando subiram para o quarto, a vítima já desacordou. Esse foi o momento em que Bruno usou um fio de telefone para enforcar o ator.

O crime teria acontecido entre três e meia da tarde a seis da noite. Eles desceram com o corpo e colocaram dentro do baú que ficava na sala da casa de Jeff, em Guaratiba. Depois, entraram com o baú no carro, que também pertence a vítima, e seguiram para o endereço de um kitnet que é alugado pelo Bruno, em Campo Grande.

Durante a viagem de carro, eles furaram uma blitz e Jeander relata que chegou a ter uma perseguição de carro no local. Chegando na casa, Jeander foi quem enterrou o baú.

Na mesma semana, Bruno contratou um pedreiro, que também prestou depoimento na delegacia, para concretar o terreno e subir o muro da casa.

A delegada ainda destaca que Bruno tentou vender a casa de Guaratiba e o carro, que pertenciam a Jeff. A casa era avaliada em 600 mil reais, porém Bruno já estava oferecendo 250 mil reais e não conseguiu vender. O carro só não foi vendido, pois ele não possuía os documentos necessários.

Após a expedição do mandado de prisão, os agentes da Polícia Civil foram em dois endereços relacionados a Bruno, mas não foi encontrado. O advogado de defesa, João Maia, esteve na delegacia hoje, mas a delegada Ellen Souto garante que não houve uma negociação para que o suspeito se entregasse. Ela informa que eles vão tentar entrar com medidas judiciais para manter a liberdade de Bruno de Souza Rodrigues.

Nesta quinta-feira (1), a defesa de Bruno concedeu uma coletiva de imprensa, na qual foi apresentada uma versão totalmente diferente. O advogado João Maia apontou a participação de uma terceira pessoa, chamada Marcelo, que seria o assassino de Jeff Machado. Mas, foi admitido que Bruno participou da ocultação do cadáver.

Essa versão foi descartada com provas pela polícia e agora é reforçada pelo novo depoimento de Jeander Vinicius.

O corpo de Jeff Machado foi encontrado no último dia 22 de maio. O próprio Bruno foi quem indicou o local onde o corpo estava enterrado a uma profundidade de um metro e meio sob chão concretado.

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