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Primeira audiência do caso Henry Borel ouve dez testemunhas em sessão de mais de 14 horas

Próximas sessões do julgamento estão marcadas para os dias 14 e 15 de dezembro

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Monique Medeiros durante a primeira audiência de instrução da morte do menino Henry Borel
Monique Medeiros durante a primeira audiência de instrução da morte do menino Henry Borel (Foto: Diogo Sampaio/Super Rádio Tupi)
Monique Medeiros durante a primeira audiência de instrução da morte do menino Henry Borel

Monique Medeiros durante a primeira audiência de instrução da morte do menino Henry Borel
(Foto: Diogo Sampaio/Super Rádio Tupi)

Terminou apenas no começo da madrugada desta quinta-feira (07) a primeira audiência de instrução do julgamento sobre a morte do menino Henry Borel. Ao todo, dez testemunhas compareceram e foram ouvidas na audiência, que teve início ainda na manhã de quarta-feira (06) e durou mais de 14 horas.

O primeiro a falar na sessão foi o delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação do caso. No depoimento, Damasceno relembrou todas as oitivas feitas com a mãe da criança, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, e o padrasto, o ex-vereador Jairo Santos Souza Júnior, o Jairinho, e destacou que o casal parecia uma “engrenagem”, de tão parecidos.

A segunda testemunha a falar, já na parte da tarde, foi a delegada assistente Ana Carolina Medeiros. Durante a fala na audiência, ela revelou que na apreensão do celular de Thayná de Oliveira Ferreira, babá de Henry Borel, além das conversas com Monique Medeiros, foram encontrados na perícia do aparelho diálogos da babá com o noivo, em que ela relata sessões de tortura no garoto ainda mais graves do que as mencionadas na conversa com Monique.

Logo na sequência, o inspetor Rodrigo dos Santos Melo foi o terceiro a falar. O policial civil relatou, durante o depoimento, uma tentativa de Monique Medeiros, por meio de uma conversa telefônica com ele, em obter informações das investigações, mas que não puderam ser passadas devido ao sigilo imposto ao inquérito policial.

A quarta testemunha a falar na audiência foi Leniel Borel, pai do menino Henry Borel. O depoimento teve início por volta das 18h e se estendeu até próximo às 21h30. Boa parte da fala da Leniel foi dedicada a fazer uma cronologia desde o relacionamento dele com Monique, até o começo das investigações da morte do garoto. Em diversos pontos, principalmente aqueles envolvendo os últimos dias de vida do filho, tanto Leniel quanto Monique Medeiros não seguraram o choro.

Confira um deste momentos no vídeo abaixo:

Depois do pai de Henry, a sequência de depoimentos contou com Ana Carolina Ferreira Netto, ex-mulher de Jairinho; Pablo dos Santos Menezes, executivo do Instituto D’or; até chegar na vez de Thayna de Oliveira Ferreira, babá da criança. Antes mesmo de começar a falar, Thayna solicitou que Monique Medeiros deixasse o plenário em que era realizada a sessão, alegando sentir amedrontada e coagida pela presença da ex-patroa. O pedido acabou sendo atendido pela juíza Elizabeth Louro Machado.

Já durante o depoimento da babá, a defesa de Monique solicitou que fosse decretada a prisão em flagrante de Thayná pelo crime de falso testemunho. No entanto, a promotoria do Ministério Público pediu que a acusação dos advogados fosse apurada pela 16ª Delegacia de Polícia (DP) da Barra da Tijuca, que já investiga a babá por mudanças de versões e omissões nos dois depoimentos prestados por ela dentro do inquérito policial da morte de Henry.

Já no final da noite e começo da madrugada, ainda foram ouvidos na audiência as médicas Maria Cristina de Souza Azevedo, Viviane dos Santos Rosa e Fabiana Barreto, que atenderam o menino Henry no hospital particular Barra D’or. Somente após a décima e última testemunha, a juíza encerrou esta primeira audiência e determinou a realização das próximas sessões do caso nos dias 14 e 15 de dezembro.

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