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Primeiras vacinadas contra a Covid-19 no Rio se reencontram com enfermeiros dois anos depois

Com cenário epidemiológico favorável, cidade é hoje uma das mais seguras em relação à doença

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Primeiras vacinadas contra a Covid-19 no Rio se reencontram com enfermeiros dois anos depois

Há exatos dois anos, o Rio de Janeiro iniciava a maior campanha de vacinação de sua história, que mudou os rumos da pandemia de covid-19. Em 18 de janeiro de 2021, aos pés do Cristo Redentor, a idosa Teresinha da Conceição, então com 80 anos, e a profissional de saúde Dulcineia da Silva Lopes recebiam, ao mesmo tempo, as primeiras doses da vacina. Hoje, a cidade comemora o cenário epidemiológico favorável, com baixa letalidade da doença e poucos pacientes internados.

Nesses dois anos, foram mais de 18,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aplicadas na cidade. Quase 100% da população adulta tomou pelo menos duas doses de vacina. Se considerar a população a partir de seis meses de vida, são 90% com pelo menos duas doses. A letalidade da doença, que foi de 8,7% em 2020; em 2022, após a vacina, ficou em 0,4%. Embora o número de casos confirmados tenha aumentado, o número de óbitos reduziu: em 2020, 222,6 mil casos e 18.962 óbitos; no ano passado, 754,8 mil casos e 2.729 óbitos. Hoje, há menos de 20 pessoas internadas na cidade com quadros graves da doença.

“Vivemos um cenário epidemiológico para covid-19 muito favorável, e isso graças à vacinação. O carioca deu um exemplo, procurou se proteger, proteger a sociedade. Hoje podemos falar que a cidade do Rio é uma das mais seguras para a covid-19. Mas não podemos relaxar. Mantemos o desafio de avançar na vacinação de reforço e das crianças, para afastar de vez o risco da pandemia”, diz o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

O reencontro dois anos depois

Para celebrar os dois anos do início da vacinação contra a covid-19, as duas primeiras pessoas vacinadas na cidade se encontraram na manhã desta quarta-feira (18), com os dois profissionais que as vacinaram, os enfermeiros Adélia Maria dos Santos e Angelo Batista da Silva. O reencontro, carregado de muita emoção, ocorreu nos jardins do Museu da República, no Catete, na Zona Sul do Rio, e marcou também o lançamento do livro “Direto pro (a)braço”, escrito por assessores e gestores da Secretaria Municipal de Saúde do Rio para contar os bastidores do combate à covid-19 na cidade.

Dona Teresinha, cheia de vitalidade aos 82 anos, residente do Abrigo Cristo Redentor, em Del Castilho, retomou suas atividades normais após a vacina: aulas de artesanato, dança, passeios. Voltou das férias na cidade de Saquarema para rever a enfermeira Adélia, que aplicou nela a primeira dose da vacina. Com mais de 30 anos de carreira, Adélia acumula em seu currículo a implantação de outra importante campanha de vacinação, a que ajudou a erradicar a poliomielite (paralisia infantil) no país.

“Quem não tomou a vacina de covid-19, por favor vá tomar, para não prejudicar os outros. Senão vai voltar tudo novamente. O carnaval está aí e a gente tem que tomar a vacina para se divertir protegido. Não faz mal, não precisa ficar com medo. Eu tomei a vacina e estou aqui. Subo escada, desço escada, faço de tudo!”, ensina dona Teresinha.

Dulcineia, técnica de enfermagem que trabalha naquele que foi o principal hospital de referência ao tratamento dos casos graves de covid-19 em 2021, o Ronaldo Gazolla, da rede municipal, deu um abraço apertado no enfermeiro e tenente bombeiro Angelo.

“Eu represento uma classe trabalhadora que lutou muito com a população doente de covid, que lutou muito para dar qualidade de vida para quem estava lá, doente. Então, por isso eu reforço: para prevenir a doença, temos que dar continuidade à vacinação, precisamos tomar todas as doses de reforço, levar nossas crianças para vacinar”, conclui Dulcineia.

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