Rio
Primeiro acordo por fraude em cotas raciais é fechado na UniRio
Ex-estudante pagará R$ 720 mil à universidade e manterá o diploma após TAC firmado pelo MPF
O Ministério Público Federal firmou o primeiro acordo para compensar uma fraude no sistema de cotas raciais. A ex-aluna de Medicina da UniRio, Mariana Barbosa Lobo, ingressou na universidade em 2018 pelo SISU se autodeclarando negra. Segundo o MPF, a investigação apontou inconsistências que motivaram a abertura de um Termo de Ajustamento de Conduta.
Pelo acordo, Mariana pagará R$ 720 mil — divididos em 100 parcelas mensais de R$ 7,2 mil — destinados diretamente à UniRio. Em troca, ela não perderá o diploma. O valor será usado para financiar bolsas de estudantes negros do curso de Medicina que ingressaram legitimamente pelo sistema de cotas.
Além deste caso, outros 14 processos semelhantes seguem em análise. Como medida adicional de compensação, a UniRio abriu 15 vagas extras no curso de Medicina, todas destinadas a cotistas negros.