Proteção armada de facções: polícia fecha cerco contra internet do tráfico
Conecte-se conosco
x

Rio

Proteção armada de facções: polícia fecha cerco contra internet pirata do tráfico

As empresas ilegais operavam com proteção armada de facções, impedindo a entrada de operadoras legalizadas e destruindo redes técnicas concorrentes

Publicado

em

Compartilhe
google-news-logo
Proteção armada de facções: polícia fecha cerco contra internet pirata do tráfico. Foto: Divulgação/PCERJ

A Polícia Civil do Rio iniciou, nesta terça-feira (5), a Operação Rede Obscura para combater provedores clandestinos de internet com ligações ao Comando Vermelho e ao Terceiro Comando Puro, em áreas da Zona Norte e da Baixada Fluminense.

A ação, coordenada pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), cumpre 17 mandados de busca e apreensão. Até o momento, os agentes apreenderam um fuzil, duas pistolas, dinheiro em espécie, equipamentos eletrônicos e cabos. Duas pessoas foram encaminhadas à delegacia.

Como funcionava o esquema?

As empresas ilegais operavam com proteção armada de facções, impedindo a entrada de operadoras legalizadas e destruindo redes técnicas concorrentes. Um dos provedores foi localizado no Morro do Quitungo, ligado ao Comando Vermelho. Outro atuava em Cordovil e Cidade Alta, controlado pelo Terceiro Comando Puro.

Criminosos armados montavam pontos de vigilância para garantir o funcionamento dos serviços clandestinos. Técnicos de operadoras oficiais chegaram a ser expulsos das áreas.

Proteção armada de facções: polícia fecha cerco contra internet pirata do tráfico. Foto: Divulgação/PCERJ

Foram apreendidos materiais roubados de empresas regulares, como cabos e equipamentos, além da identificação de técnicos não registrados usando carros de terceiros para instalações ilegais.

Um dos suspeitos, com passagens por tráfico e furto de energia, disse ter recebido propostas de outras facções para expandir o serviço, com promessas de “doações comunitárias” ao tráfico.

Outro responsável, ligado ao Terceiro Comando Puro, foi preso com grande quantidade de cabos furtados. Em março, sete pessoas já haviam sido flagradas em uma instalação ilegal em Brás de Pina.

Todo o material apreendido será analisado pela inteligência da Polícia Civil para aprofundar as investigações e identificar os envolvidos.