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Moradores da Penha e do Alemão protestam no Palácio Guanabara contra megaoperação

Manifestantes chegaram à Rua Pinheiro Machado por volta das 17h e bloquearam parcialmente o trânsito na Zona Sul do Rio

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Foto: Julia Cabrero/Super Radio Tupi

Moradores dos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, realizaram um protesto na tarde desta quarta-feira (29) contra a megaoperação policial que deixou 121 mortos e 113 presos nas comunidades.

Por volta das 17h, uma motociata formada por dezenas de manifestantes chegou à Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na Zona Sul, e parou em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual. No local, o governador Cláudio Castro tinha uma reunião marcada com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, às 18h.

Trânsito afetado na Zona Sul durante o protesto

De acordo com o Centro de Operações do Rio (COR), o ato ocupava uma faixa da via no sentido Túnel Santa Bárbara, com retenções até o viaduto San Tiago Dantas. Já em direção à Praia de Botafogo, o trânsito ficou intenso até a entrada do túnel.

Imagens mostraram os motociclistas seguindo pela Avenida Brasil em direção à Zona Sul, empunhando bandeiras do Brasil e cartazes pedindo justiça.

A operação mais letal da história do Brasil

Em coletiva de imprensa, o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, confirmou que 63 corpos haviam sido retirados de uma área de mata e levados para a Praça São Lucas, na Penha, ainda na manhã desta quarta-feira.

O balanço oficial aponta que 54 suspeitos e quatro policiais também morreram durante a operação — totalizando 121 mortes, número que faz da incursão a mais letal da história do país, superando o Massacre do Carandiru, ocorrido em 1992.

Presos, armas e drogas apreendidas

Além dos mortos, o governo informou que 113 pessoas foram presas, sendo 33 de outros estados, e 10 adolescentes apreendidos. As equipes apreenderam 91 fuzis, 26 pistolas, um revólver, 14 artefatos explosivos, centenas de cartuchos e toneladas de drogas.

O número sem precedentes de mortes e prisões reacendeu o debate sobre o uso da força em operações policiais e provocou repercussão nacional e internacional.

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