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Quando foi a morte de Juliana Marins? Perícia e autoridades divergem

Legista diz que jovem morreu na quarta-feira, mas resgate afirma que corpo foi achado um dia antes

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Foto: Reprodução/Instagram

Apesar da conclusão da autópsia de Juliana Marins, brasileira de 26 anos que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, a data exata da morte ainda é incerta. O laudo divulgado nesta sexta-feira (27) pelo médico-legista Ida Bagus Putu Alit, de Bali, indica que Juliana teria morrido entre 1h e 13h da quarta-feira (25), horário local. No entanto, a agência de buscas Basarnas afirmou que o corpo foi encontrado na noite de terça-feira (24) — o que tornaria a estimativa do legista cronologicamente impossível.

A divergência entre o horário do suposto óbito e o momento da localização do corpo levanta uma série de questões não respondidas pelas autoridades locais. O legista afirmou que Juliana morreu em um processo de trauma intenso, com lesões internas múltiplas e sangramento grave que causaram a morte em até 20 minutos após o impacto. Segundo ele, não há indícios de morte por hipotermia ou fome, já que os ferimentos sugerem que ela não sobreviveu por muito tempo após a queda.

Juliana caiu uma vez ou mais? E qual queda foi fatal?

Foto: Reprodução – Juliana Marins

Outro ponto ainda sem explicação é a quantidade de quedas sofridas por Juliana. Imagens de drones mostram a jovem em três posições diferentes ao longo dos dias, cada vez em um nível mais profundo do vulcão. No sábado (21), ela aparece se movimentando a cerca de 150 metros abaixo da trilha. Na segunda-feira (23), está imóvel a 400 metros. Na terça (24), quando foi resgatada, o corpo foi encontrado a 600 metros de profundidade.

O legista confirmou ferimentos severos nas costas, tórax e cabeça, sugerindo múltiplos impactos. No entanto, não há clareza sobre quando exatamente ocorreu o impacto fatal. A linha do tempo também indica que ela poderia ainda estar viva até a segunda-feira, quando foi vista imóvel por um drone de resgate. Mas, novamente, não há confirmação oficial sobre esse ponto.

Por que a morte de Juliana continua envolta em incertezas?

As contradições entre o laudo forense e os relatos do resgate deixam em aberto detalhes cruciais: quando Juliana morreu, quanto tempo sobreviveu após a queda e qual queda causou sua morte. O caso também expõe falhas na comunicação entre as diferentes frentes de resposta envolvidas — autoridades do parque, equipes de busca e perícia forense.

Enquanto o governo da Indonésia e o hospital responsável pela autópsia mantêm suas versões, a família de Juliana segue buscando explicações. O corpo já foi liberado para ser trazido ao Brasil, mas as inconsistências nos relatos oficiais levantam preocupações sobre a condução do caso e a transparência das informações divulgadas até o momento.