Rio instala novas câmeras inteligentes com tecnologia de busca criminal e inteligência artificial - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco
x

Rio

Rio instala novas câmeras inteligentes com tecnologia de busca criminal e inteligência artificial

Sistema usa inteligência artificial para identificar situações suspeitas e apoiar investigações criminais

Publicado

em

Compartilhe
google-news-logo
Rio instala novas câmeras inteligentes com tecnologia de busca criminal e inteligência artificial
Foto: Tiê Leal/Super Rádio Tupi

A Prefeitura do Rio de Janeiro iniciou a instalação das novas câmeras inteligentes da CIVITAS, a Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio à Segurança Pública. A iniciativa marca uma nova fase no sistema de monitoramento da cidade, que contará com 20 mil câmeras próprias até 2028, sendo 15 mil supercâmeras equipadas com tecnologia de busca criminal por imagem e inteligência artificial.

Durante o lançamento, o prefeito Eduardo Paes destacou que o projeto representa um avanço no combate à criminalidade e na integração entre os órgãos de segurança.

“Estamos entrando numa fase em que, cada vez mais, a CIVITAS vai dispor de instrumentos para auxiliar as forças de segurança no combate à criminalidade. As câmeras e as barreiras digitais já começaram a ser instaladas, com uma identificação muito clara da Prefeitura do Rio. Passaremos a ter o mais completo parque de câmeras superinteligentes do país”, afirmou Paes, durante entrevista coletiva no Centro de Operações e Resiliência (COR-Rio).

Como funcionam as novas supercâmeras

Foto: Tiê Leal/Super Rádio Tupi

As câmeras utilizam inteligência artificial para analisar vídeos em tempo real e cruzar informações visuais — como tipo e cor de veículo, direção, vestimentas e comportamento —, permitindo identificar situações suspeitas e reconstruir trajetos de forma automática.

A tecnologia pode processar até 3 mil situações simultaneamente, enquanto o olho humano reconhece, em média, apenas três. As supercâmeras já estão sendo testadas para detectar roubos, furtos, motos em calçadas e veículos na contramão.

“Não é novidade que a Prefeitura do Rio trabalha de maneira intensa com o monitoramento da cidade. O COR já faz isso desde 2010. O grande salto é que com o incremento dessas supercâmeras tecnológicas, o monitoramento passa a ser mais inteligente. Ou seja, processa mais informações de forma simultânea e num curto espaço de tempo. É muito mais ágil”, explicou Davi Carreiro, chefe executivo da CIVITAS.

Busca criminal por imagem e reconhecimento facial

Um dos diferenciais do sistema é a busca criminal por imagem, que permite localizar pessoas, veículos ou objetos específicos em segundos, sem depender de reconhecimento facial direto. A ferramenta faz uma busca descritiva, cruzando características como modelo, cor e direção, reduzindo o tempo de investigação.

O sistema também poderá realizar reconhecimento facial, com foco em foragidos e desaparecidos, em parceria com bancos de dados oficiais. O recurso está em fase de testes e seguirá padrões de precisão e segurança definidos pela CIVITAS.

IRIS: o cérebro da CIVITAS

Entre as inovações está a IRIS, plataforma que integra todas as ferramentas de inteligência da central. Ela realiza buscas retrospectivas, identifica padrões de dinâmicas criminais e envia alertas em tempo real sobre comportamentos suspeitos, como veículos na contramão ou motos circulando em calçadas.

Atualmente, o Rio já possui mais de 5 mil câmeras ativas. Até o fim de 2025, o sistema deve contar com mais de 3 mil supercâmeras, ampliando gradualmente até atingir a meta de 15 mil unidades em 2028.

Monitoramento em todas as entradas da cidade

A CIVITAS também vai instalar pórticos e semipórticos de monitoramento nas principais vias de acesso à cidade, garantindo vigilância constante nas entradas e saídas do município. As novas câmeras terão identidade visual padronizada, reforçando a presença da Prefeitura e a transparência do sistema.

“A tecnologia é uma grande aliada da gestão pública. A CIVITAS é um exemplo concreto de como a inteligência artificial e os dados podem rabalhar pelo bem coletivo”, afirmou o vice-prefeito Eduardo Cavaliere.

Com o parque de câmeras inteligentes, o Rio de Janeiro se prepara para ter um dos sistemas de vigilância mais modernos da América Latina, integrando tecnologia, dados e inteligência artificial para reforçar a segurança pública e apoiar investigações criminais.

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *