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Sindicato dos Policiais Civis do Rio ameaça greve na categoria

“Momento é grave, não iremos mais tolerar sermos tratados apenas como um número na segurança pública”, dispara a presidente do sindicato, Márcia Bezerra

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Sindicato dos Policiais Civis do Rio ameaça greve na categoria (Foto: Divulgação)
Sindicato dos Policiais Civis do Rio ameaça greve na categoria (Foto: Divulgação)

Nessa última sexta-feira (02), representantes do SINDPOL-RJ foram até o Palácio Guanabara entregar carta ao Governador Cláudio Castro relatando o caos que agentes da polícia civil vivem na sua rotina de trabalho.

A presidente do sindicato, Márcia Bezerra, revela que no documento estão as principais dificuldades que a categoria enfrenta há anos. Dentre eles, estão o aumento do vale alimentação que hoje está em apenas 12 reais por dia, o vale-transporte que está em 150 reais por mês, o reajuste de 6,5% prometido pelo atual governador; o sindicato cobra melhorias na estrutura das delegacias que estão sucateadas com mofo, móveis quebrados, muitas sem ar condicionado, e o pior: agentes são obrigados a tirar plantão apenas em dupla durante toda madrugada.

“O momento é grave, não iremos mais tolerar sermos tratados apenas como um número na segurança pública! Se hoje, o governador pode falar dos dados positivos sobre a violência, isso se deve a nós, policiais civis do estado do Rio de Janeiro. É inadmissível que não sejamos tratados com respeito pelo governador. Iremos atrás dos nossos direitos!”, disse o vice-presidente do Sindpol-RJ, Luiz Cláudio da Cunha.

No final de 2023 o sindicato fez um giro nas delegacias de Niterói, após recebimento de denúncias dos agentes. A maioria das DPS tinham um ambiente insalubre, sem sala de descanso adequada, sem assento sanitário nos banheiros, a sala de evidências entulhada de provas sem ter mais onde guardá-las, paredes mofadas, com cupim e baratas.

Confira as fotos:

(Foto: Divulgação)

O Sindicato faz um apelo à categoria para denunciar nos canais de comunicação do Sindpol-RJ, qualquer tipo de abuso que estejam sofrendo.

Ainda não há um posicionamento do Governo do Estado sobre o caso.

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12 comentários

12 Comments

  1. WELLINGTON COUTO BENTO

    3 de fevereiro de 2024 em 18:26

    Há quase 10 anos ingressei na PCERJ e ouvia os cascudos reclamando das condições e a forma com a qual a instituição tratava o policial. Achava que era o famoso “reclama demais”, mas hoje sou um quase cascudos que faz os mesmos comentários aos novatos. Espero que todas as promessas feitas à categoria sejam efetivamente cumpridas,em nome da saúde física, mental e principalmente pela dignidade da pessoa humana do agente policial. Que Deus esteja conosco.

    • F

      4 de fevereiro de 2024 em 03:44

      👍🏻👏🏻🙏🏻

  2. Guilherme

    3 de fevereiro de 2024 em 16:48

    Favor corrigir na matéria o valor do vale transporte, não é de 150 reais e sim 100 reais. Uma vergonha!

  3. Paulo

    3 de fevereiro de 2024 em 16:44

    Parabéns por está atitude do sindicato, foram muitas promessas de ajuste salarial não cumpridas, assim fica difícil , fora as promoções para Comissário que só promove pouquíssimas pessoas, parece até que a Pcerj e uma Padaria , ridículo !

  4. Fred

    3 de fevereiro de 2024 em 14:57

    “…e o pior: agentes são obrigados a tirar plantão apenas em dupla durante toda madrugada”.

    Pelo interior do Estado, via de regra, é UM SERVIDOR SÓ NA MADRUGADA (via de regra o mesmo que, TAMBÉM SOZINHO, atendeu ao balcão e fez os registros durante o dia), ainda acautelando a unidade (prédio, viatura, materiais, armamentos etc) e atendendo às ocorrências (e isso em plantões de 24h,48h às vezes 72h)…

  5. MARILENE PEREIRA SOBRAL

    3 de fevereiro de 2024 em 13:43

    Temos que dar um basta na forma como estamos sendo tratados, apesar da excelência dos resultados e números obtidos com a redução dos indicadores da violência e à resposta imediata à solução dos crimes diários enfrentados e rapidamente desvendados. Queremos reconhecimento e respeito.

  6. César de matos

    3 de fevereiro de 2024 em 13:36

    A greve tem que ser muito bem estudada , não como foi as outras , na minha opinião, temos que marca horários tipo de 10 as11, 15 as 16 e todos saírem de suas unidade e ficarem na porta de mãos cruzadas , inclusive na chefia de polícia, desde e ficar na porta para o povo ver , não ter operação policial , enquanto tiver a greve

    • salvador

      3 de fevereiro de 2024 em 13:53

      Plantonistas e síndicantes os protagonistas da polícia judiciária são preteridos no processo de promoção , enxurrada de BRAVURAS que contemplam somente quem acompanha Equipe , os servidores das Distritais são subjugados a enxugadores de gelo.

      • F

        4 de fevereiro de 2024 em 03:47

        👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👍🏻👍🏻👍🏻

    • Jorge campos

      3 de fevereiro de 2024 em 14:32

      Será,acho difícil pois a classe é desunida e medrosa.

    • César Tácio

      3 de fevereiro de 2024 em 14:54

      Mais do que um salário justo o policial civil precisa de condições decentes de trabalho. Os extintores de incêndio nunca foram carregados. Qualquer trabalhador tem direito a alimentação digna durante o horário de trabalho. Pra ser policial civil do RJ tem que aprender a preparar marmita. Boa parte do salário vai para pagar plano de saúde.

      • Ricardo Provenzano

        4 de fevereiro de 2024 em 07:53

        Bom dia! Li e concordo com tudo que foi exposto; porém, não basta ficarmos escondidos atrás de comentários nas mídias sociais; é necessário fortalecer a corajosa atitude dos digníssimos colegas do sindicato; ou seja, quando e se formos convocados, devemos mostrar td nossa indignação e força de uma categoria de relevância para a sociedade especialmente no momento em que vivemos, com a falta de respeito com que estamos sendo tratados a décadas.Mts vezes fomos convocados a tomar atitudes, mas por interesse pessoal, preguiça ou mesmo não querendo desagradar aqueles que são nossos chefes ou Delegados que consideramos como amigos, nada fazemos e continuamos reclamando.Somos concursados e o Estado tanto precisa de nós quanto nós do Estado. Sou Ricardo Provenzano Comissário de Polícia Mat. 263.962-3

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