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Capital Fluminense

Sindicato dos Rodoviários critica qualidade dos articulados do BRT

De acordo com o presidente da instituição, Sebastião José, os motoristas acabam sendo responsabilizados por incidentes com os veículos

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Imagem de um ônibus articulado do BRT
(Foto: Marcos de Paula / Prefeitura do Rio)

O Sindicato dos Rodoviários afirmou, nesta terça-feira (20), que não há segurança nos articulados do BRT. Na noite dessa segunda-feira (19), um passageiro caiu do BRT de um viaduto em Cascadura enquanto tentava seguir o trajeto ‘pendurado’ no automóvel.

De acordo com o Sindicato, o caso aumentou ainda mais a preocupação da direção do em relação não só a segurança dos que utilizam o serviço, mas principalmente a dos motoristas, que acabam sendo responsabilizados e sofrendo agressões por parte dos usuários.

Segundo Sebastião José, presidente do Sindicato dos Rodoviários, esse não é o primeiro e nem será o último incidente ocorrido.

“É grande o número de reclamações que o sindicato recebe de motoristas no que diz respeito à falta de segurança nas estações e dentro dos coletivos. Não adianta a prefeitura dizer que os ônibus só devem sair das plataformas com as portas fechadas. Não existe uma orientação de agentes nas plataformas organizando filas e orientando o número de passageiros em cada composição. Se o motorista não segue viagem alegando que as portas estão abertas, ele é ameaçado e até agredido. É preciso que a prefeitura tome uma atitude enérgica e rigorosa para evitar que situações como essas continuem ocorrendo”, disse.

Sebastião ainda falou sobre a frota sucateada e a falta de manutenção dos articulados, que colaboram para os inúmeros incidentes dos últimos meses. Ao todo, só em 2022 foram cerca de 100 acidentes envolvendo articulados do BRT, além dos ônibus parados nas garagens, usuários que se acidentam, rodas que se soltam durante a viagem e o uso de peças retiradas de outros veículos para serem reaproveitadas.

A Mobi-Rio, empresa responsável pelos articulados, informou que sempre teve um diálogo aberto e permanente com o sindicato e que não recebeu qualquer comunicação por parte da entidade. Em nota, a companhia afirmou que os articulados são checados antes de saírem das garagens e há um programa em que motoristas presentes em todas as garagens do sistema participam dessa checagem. “Portanto, o ônibus só sai para a operação com a liberação de um responsável, atendidas as condições de segurança”, explicou a companhia.

Ainda na nota, a empresa disse que durante as viagens, há pessoas que insistem em forçar as portas para mantê-las abertas, destruindo o equipamento e colocando em risco não só suas vidas, como as dos demais passageiros. Segundo a Mobi-Rio, em média, 30 portas e cinco alçapões são quebrados por dia. Muitas vezes motoristas são ameaçados quando param o articulado após constatarem atos de vandalismo.

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