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SOS Suipa: Comissão de Saúde Animal da Câmara RJ cobra ações contra fechamento da instituição

Secretaria Municipal de Proteção Animal já prometeu ração por duas semanas, mas medida é considerada insuficiente

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Na imagem, vereador Dr. Marcos Paulo
Sos Suipa: Comissão de Saúde Animal da Câmara RJ cobra ações do Município e estado contra o fechamento da instituição (Divulgação)
Na imagem, vereador Dr. Marcos Paulo

Sos Suipa: Comissão de Saúde Animal da Câmara RJ cobra ações do Município e estado contra o fechamento da instituição (Divulgação)

A Comissão de Saúde Animal da Câmara de Vereadores acionou nesta segunda-feira (9), a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Animal (SMPDA), após receber a informação de que a Sociedade União Internacional dos Animais (Suipa) pode fechar as portas a qualquer momento. O município já garantiu o fornecimento de pelo menos 12 toneladas de ração para a entidade durante o período de duas semanas, o que é visto como insuficiente diante da grave situação da entidade, que acumula um rombo de mais de R$ 54 milhões.

Para o vereador Dr. Marcos Paulo, presidente da Comissão de Saúde Animal, o auxílio temporário oferecido pela SMPDA tem que vir acompanhado de um programa de apoio e auxílio permanente  às ONGS de proteção animal,  envolvendo também recursos estaduais. A Comissão de Saúde Animal está acionando  a Secretaria Estadual de Agricultura, que também cuida da causa animal, para cobrar que o Governo Estadual também se envolva na busca de políticas públicas emergenciais  voltadas ao grave  problema dos animais abandonados na cidade.

“As ONGs e protetoras realizam o papel que, por obrigação constitucional, deveria ser desempenhado pelo poder público. A pandemia agravou muito o abandono de animais, a prefeitura não resgata esses animais, e todas as ONGs e absuioparigos enfrentam superlotação e dificuldades financeiras.  Só na Suipa são mais de dois mil cães e gatos abrigados, que precisam ser alimentados,  medicados  e cuidados todos os dias, um número 3 vezes superior ao de animais que vivem no abrigo público municipal do RJ. O poder público precisa apresentar soluções concretas para manter as portas abertas da Suipa e das outras instituições,  que fazem o trabalho essencial que prefeitura e estado não dão conta  de prover”, ressalta Dr. Marcos Paulo.

Sem nenhum apoio governamental, a situação da Suipa começou a se agravar na década de 1990, quando o Governo Federal tirou dois títulos da entidade: o de Utilidade Pública Federal e de entidade filantrópica, retirado pelo então Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).  Segundo a direção da entidade, a perda dos títulos gerou encargos que, somados ao grande número de animais abandonados na cidade e à progressiva redução no número de doadores, criaram um ambiente administrativo insustentável.

De acordo com Marcelo Mattos, presidente da Suipa, os animais abrigados na instituição consomem cerca de uma tonelada de ração diariamente. A unidade conta com cerca de 100 funcionários admitidos em regime de CLT e há meses enfrentam grandes dificuldades para manter o pagamento dos salários dos profissionais que cuidam dos animais.

“Com a divulgação de nossa situação, felizmente temos recebido muitas mensagens da sociedade civil, mas precisamos contar com um compromisso maior do poder público. A Suipa realiza um serviço fundamental para a cidade, mas não é devidamente reconhecida pelos governos. Toda ajuda da população continua sendo bem vinda, mas sem a parceria da prefeitura e do governo estadual, o abandono de animais e a crise só vão se agravar. Não só aqui, mas em todas as ONGs de proteção animal”, alerta Marcelo Mattos, presidente da Suipa.

Para se ter uma ideia, em 2010, a Suipa tinha 14 mil associados, atualmente são apenas seis mil. A pandemia de Covid-19 agravou ainda mais a situação, além da redução da receita, o número de abandonos cresceu muito na cidade. E nenhuma outra ONG de proteção Animal recebe mais animais abandonados do que a Suipa.

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