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Suipa convoca cariocas para ‘Cãominhada’, na praia de Copacabana, Zona Sul do Rio

Mais antiga ONG de proteção animal do país segue lutando para não fechar as portas e tenta mobilizar a sociedade em torno de uma solução para sua grave crise financeira

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Suipa convoca cariocas para ‘Cãominhada’, na praia de Copacabana, Zona Sul do Rio (Divulgação: Suipa)
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Suipa convoca cariocas para ‘Cãominhada’, na praia de Copacabana, Zona Sul do Rio (Divulgação: Suipa)

A Sociedade União Internacional dos Animais (Suipa) vai promover neste domingo (22), uma ‘Cãominhada’ em Copacabana, na Orla da Zona Sul do Rio. A mais antiga ONG de proteção animal do país segue lutando para não fechar as portas e tenta mobilizar a sociedade em torno de uma solução para sua grave crise financeira.

No evento, além de receber doações de ração e medicamentos para os mais de 2 mil animais em seu abrigo, a Suipa também reforçará o pedido de anistia de dívidas geradas desde que o governo retirou seu título de utilidade pública, que já somam mais de R$ 54 milhões.

A concentração da Cãominhada acontecerá às 10h em frente ao Copacabana Palace e a organização do evento pede para que os participantes levem seus animais de estimação e usem uma camisa branca. Haverá uma barraquinha para receber doações no local.

“A obrigação constitucional é do poder público, mas quem cuida dos animais abandonados nas ruas são as ONGs de proteção animal como a Suipa. Sem nós haveria muito mais animais nas ruas. Precisamos de apoio.” apela Marcelo Mattos, presidente da Suipa.

 

CRISE VEIO À TONA HÁ 15 DIAS

No início de agosto, a direção da Suipa procurou a Comissão de Saúde Animal da Câmara de Vereadores pedindo ajuda para evitar o fechamento da instituição que acolhe animais abandonados há 78 anos. Sem nenhum apoio governamental, a situação da Suipa começou a se agravar na década de 1990, quando o Governo Federal tirou dois títulos da entidade: o de Utilidade Pública Federal e de entidade filantrópica, retirado pelo então Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).  Segundo a direção da entidade, a perda dos títulos gerou encargos que, somados ao grande número de animais abandonados na cidade e à progressiva redução no número de doadores, criaram um ambiente administrativo insustentável.

O presidente da Suipa, Marcelo Matos relata que desde o início do mês, o número de pessoas interessadas em ajudar a Suipa cresceu, mas sem a ajuda financeira do poder público, o funcionamento da instituição continua em risco.

“Agradecemos a todos os que têm colaborado porque o apoio da sociedade civil é fundamental para a nossa sobrevivência, mas precisamos contar também com o suporte do poder público. Queremos que nossa dívida com a União seja anistiada porque sem isso nosso déficit mensal é gigantesco. Estamos confiantes de que a mobilização popular pode nos ajudar a vencer mais esse desafio”, afirmou Marcelo Mattos, presidente da Suipa.

O vereador Dr. Marcos Paulo, presidente da Comissão de Saúde Animal defende a criação de um programa de apoio e auxílio permanente  às ONGS de proteção animal no Rio de Janeiro: “Sabemos que a pandemia agravou muito o abandono de animais, a prefeitura não resgata esses animais, e todas as ONGs e abrigos enfrentam superlotação e dificuldades financeiras.  Só na Suipa são mais de dois mil cães e gatos abrigados, que precisam ser alimentados,  medicados  e cuidados todos os dias, um número três vezes superior ao de animais que vivem no abrigo público municipal do RJ. O poder público precisa apresentar soluções concretas para manter as portas abertas da Suipa e das outras instituições,  que fazem o trabalho essencial que prefeitura e estado não dão conta de prover”, ressalta Dr. Marcos Paulo.

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