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Trabalhadores das Lojas Americanas protestam no Centro do Rio

Cerca de mil pessoas participaram do ato em defesa dos empregos e da garantia dos direitos dos trabalhadores do Grupo Americanas

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Trabalhadores das Lojas Americanas protestam no Centro do Rio (Foto: Divulgação)
Trabalhadores das Lojas Americanas protestam no Centro do Rio (Foto: Divulgação)

Os sindicatos dos comerciários, centrais sindicais e funcionários das Lojas Americanas promoveram nesta sexta-feira (3), um protesto em frente à uma antiga loja da empresa, no Passeio Público, no Centro do Rio. Cerca de mil pessoas participaram do ato em defesa dos empregos e da garantia dos direitos dos trabalhadores do Grupo Americanas.

Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro e dirigente sindical da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros (CTB), anfitrião de sindicalistas de diversos estados do Brasil, reafirmou sua preocupação e a luta do sindicato em prol dos empregados das Lojas Americanas. “Estamos acompanhando toda a movimentação, o dia a dia nas lojas e cobramos transparência no plano de recuperação, ainda não apresentado pela empresa”, disse Ayer.

O presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio afirmou ainda que na reunião com representantes do Grupo Americanas, realizada em seguida à manifestação, ocorreram alguns avanços nas negociações. “O Grupo não divulgou o plano de reestruturação para a empresa, mas os representantes se comprometeram a dialogar com as entidades e, em caso de demissões, as centrais sindicais serão imediatamente comunicadas. Também solicitaram o prazo de uma semana para definirem se as homologações dos trabalhadores acontecerão ou não nos sindicatos, pedido das centrais como forma de resguardar os direitos dos trabalhadores”, relatou Márcio Ayer. 

Darlana Santiago, uma das trabalhadoras das Lojas Americanas, localizada em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, presente no ato, declarou que os funcionários estão perdidos com a falta de informação. “A empresa não se comunica com os empregados, deixando os funcionários inseguros sobre o futuro”, afirmou.

Representantes sindicais da Bahia, São Paulo e do Estado do Rio, como de Nova Iguaçu e Campos dos Goytacazes, além de Grupos como Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), CTB, Força Sindical (FS), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) estiveram no protesto.

 CASO LOJAS AMERICANAS

As Lojas Americanas entraram com pedido de recuperação judicial, depois da revelação de um rombo de mais de R$ 43 bilhões em dívidas. Os sindicalistas ajuizaram Ação Civil Pública, na 8ª Vara do Trabalho de Brasília, com o pedido de execução do patrimônio pessoal dos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, para o pagamento de dívidas trabalhistas.

A ação, independente do processamento da recuperação judicial, solicita que se desconsidere a personalidade jurídica da Americanas e responsabilize os acionistas de referência pela fraude contábil que se desenrolou durante anos na empresa e que inflou artificialmente não só o lucro, mas os dividendos distribuídos aos acionistas. Além de pleitear o bloqueio do valor de R$ 1,53 bilhão na conta pessoal dos sócios majoritários, para garantir que os trabalhadores que lutam na Justiça por seus direitos possam receber sem demora seus créditos.

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