Rio
Após polêmicas, corpo de Juliana chega ao Brasil nesta quarta-feira (02)
Após atrasos e críticas da família, Emirates confirma translado de Juliana Marins com chegada prevista ao Rio em 2 de julho.A companhia aérea Emirates confirmou nesta segunda-feira (30) que o translado do corpo de Juliana Marins, publicitária brasileira que morreu na Indonésia, será iniciado nesta terça-feira, 1º de julho. A primeira etapa será entre a Indonésia e Dubai, com chegada ao Rio de Janeiro prevista para o dia 2.
A empresa afirmou ter priorizado a logística com as autoridades indonésias, mas restrições operacionais impediram o envio anterior. “A Emirates estende suas mais profundas condolências à família durante este momento difícil”, afirmou em nota.
O que motivou o atraso na liberação do corpo de Juliana?
No domingo (29), a família da vítima chegou a fazer um apelo público, denunciando a falta de comunicação da companhia aérea e atrasos sem explicação. Mariana Marins, irmã de Juliana, criticou o que chamou de “descaso do início ao fim” e relatou que a carga do voo previamente marcado ficou “misteriosamente lotada”.
Mariana também levantou suspeitas sobre o possível interesse em atrasar o transporte, mencionando que o embalsamamento tem validade limitada, e questionando se haveria receio de descoberta de novas informações em uma segunda autópsia.

Haverá uma nova autópsia no Brasil?
A família acionou a Justiça brasileira, com o apoio da Prefeitura de Niterói e da Defensoria Pública da União, para realizar uma nova autópsia assim que o corpo chegar ao país. O pedido foi feito pela defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, que solicitou que o exame ocorra no máximo seis horas após a chegada.
No entanto, o Plantão Judiciário da Justiça Federal não analisou o caso de imediato, deixando a decisão a cargo do juiz sorteado.
A Defensoria também enviou um ofício à Polícia Federal solicitando a abertura de um inquérito de investigação sobre a morte da jovem.
O que disse o laudo da autópsia feita em Bali?
A primeira autópsia foi realizada no hospital Bali Mandara, em 26 de junho. Segundo o médico-legista Ida Bagus Putu Alit, Juliana morreu por múltiplas fraturas e lesões internas, sobrevivendo por cerca de 20 minutos após sofrer um trauma severo.
A família criticou a forma como as informações foram divulgadas: mesmo convocados ao hospital, eles souberam dos resultados pela imprensa, após uma coletiva do médico antes da entrega do laudo à família.

Autoridade local admite falhas no resgate da brasileira?
Sim. O governador da província indonésia de Sonda Ocidental, Lalu Muhamad Iqbal, admitiu pela primeira vez que houve falhas no resgate. Em vídeo divulgado no sábado (28), ele reconheceu falta de estrutura adequada e justificou o atraso por causa da neblina e do risco de operar helicópteros em terreno arenoso.
Ele também prometeu rever os protocolos de resgate no Parque Nacional do Monte Rinjani, destacando a necessidade de melhorar a segurança para turistas e ampliar o número de profissionais treinados para salvamentos verticais.