Rio
UFRJ alerta para impactos de corte no orçamento das universidades federais
Universidade afirma que redução prevista na LOA compromete a manutenção de hospitais universitários, museus, bibliotecas e infraestrutura acadêmica
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgou nesta sexta-feira (26) uma nota, alertando para os impactos da redução do orçamento das universidades federais prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo Congresso Nacional.
Segundo a instituição, o corte agrava um cenário já considerado insuficiente e ameaça o funcionamento de atividades essenciais de ensino, pesquisa, extensão, inovação e assistência estudantil.
A UFRJ destaca que a diminuição de recursos compromete laboratórios, projetos científicos e sociais, bolsas estudantis, ações de extensão em áreas vulneráveis e a manutenção de hospitais universitários, museus, bibliotecas e da infraestrutura acadêmica.
A universidade também defendeu a recomposição orcamentária. “Se não houver a recomposição orçamentária adequada, os efeitos poderão ser imediatos e concretos: laboratórios paralisados, projetos de relevância científica e social interrompidos, perda de bolsas e oportunidades para estudantes, redução de ações de extensão em territórios vulneráveis, precarização da manutenção de hospitais universitários, museus, bibliotecas e infraestrutura acadêmica. Em um país que precisa crescer com base em conhecimento, cortar o orçamento das universidades é comprometer o futuro”, afirma.
Veja a nota na íntegra:
“A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) manifesta profunda preocupação com a redução do orçamento das universidades federais na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo Congresso Nacional. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) já não assegurava recursos suficientes para o pleno funcionamento das instituições; a decisão de cortar ainda mais esse orçamento agrava um quadro que ameaça atividades essenciais de ensino, pesquisa, extensão, inovação e assistência estudantil.
É inaceitável que se retirem recursos de universidades públicas — que formam profissionais de excelência, produzem mais de 90% da ciência do país e asseguram a capacidade brasileira de inovar — para ampliar a alocação destinada a emendas parlamentares. Essa escolha compromete o interesse público, fragiliza a soberania científica e tecnológica do Brasil e penaliza diretamente a população que depende dos serviços e do conhecimento gerados pelas universidades.
Se não houver a recomposição orçamentária adequada, os efeitos poderão ser imediatos e concretos: laboratórios paralisados, projetos de relevância científica e social interrompidos, perda de bolsas e oportunidades para estudantes, redução de ações de extensão em territórios vulneráveis, precarização da manutenção de hospitais universitários, museus, bibliotecas e infraestrutura acadêmica. Em um país que precisa crescer com base em conhecimento, cortar o orçamento das universidades é comprometer o futuro.
A UFRJ conclama as autoridades públicas e a sociedade brasileira a reverterem essa decisão e a restabelecerem um orçamento compatível com a responsabilidade estratégica das universidades federais. Investir em educação superior, ciência, tecnologia e inovação é condição necessária para o desenvolvimento, para a redução das desigualdades e para a soberania nacional.
Reitoria da UFRJ “