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Último adeus: fãs e familiares celebram a vida de Arlindo Cruz no Império Serrano

Centenas de pessoas celebram a vida do sambista com música, ritual africano e homenagem emocionante em Madureira

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Velório do sambista Arlindo Cruz
Velório do sambista Arlindo Cruz, na quadra da escola de Samba Império Serrano. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Centenas de pessoas se reuniram na quadra do Império Serrano, em Madureira, Zona Norte do Rio, para a última homenagem a Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba. O velório, iniciado na noite de sábado (9), seguiu pela madrugada deste domingo (10) e termina às 10h, quando o corpo seguirá para o enterro no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste.

Vestidos de branco, familiares, amigos e fãs participaram de um ritual marcado por música, dança e emoção. O clima de celebração seguiu a tradição africana do gurufim, prática que une batucada e alegria para homenagear quem parte.

Homenagem com música e emoção

No palco, Arlindinho, filho do sambista, tocou cavaquinho e cantou sucessos do pai, reforçando que a despedida estava acontecendo da forma que Arlindo gostaria. Entre as canções, o clássico “O Show Tem Que Continuar” marcou o momento.

Segundo a família, o pedido para que todos vestissem roupas claras foi uma forma simbólica de transmitir luz, energia e positividade. O velório contou ainda com coroas de flores enviadas por personalidades e instituições, incluindo a Beija-Flor de Nilópolis, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva.

Foto: Maria Vitória/Super Rádio Tupi

Amigos e nomes do samba marcaram presença

A despedida também reuniu figuras importantes do samba, como Zeca Pagodinho, que relembrou a amizade com Arlindo e destacou a parceria de décadas. “É muita vida juntos… Ele é padrinho do meu filho”, disse, emocionado.

Parentes próximos participaram de uma cerimônia mais reservada antes da abertura para o público. Desde a tarde de sábado, a quadra já recebia admiradores que aguardavam o momento de se despedir.

A deputada federal, Benedita da Silva, amiga de Arlindo, fala do legado que o artista deixa: ‘”Ele deixa um dos maiores legados para a cultura brasileira. É muito triste, mas, ao mesmo tempo, é um momento de celebrar a vida que ele teve e o descanso que conquistou. Foram oito anos nessa batalha.”

Trajetória e despedida

Arlindo Cruz, cantor, compositor e multi-instrumentista, morreu na sexta-feira (8), aos 66 anos, após falência múltipla dos órgãos. Em março de 2017, sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico e, desde então, convivia com sequelas, passando por diversas internações.