“Vi os sacos no freezer e ele confessou”, diz irmã de homem esquartejado por amigo

Bruno Guimarães da Cunha Chagas foi preso em flagrante no Morro de São Carlos, no Estácio, região central do Rio, nesta quarta-feira (16). Ele é responsável por matar e esquartejar o amigo Thiago Lourenço Morgado, de 35 anos, com quem dividia a casa. Partes do corpo da vítima foram encontradas dentro de uma geladeira.

Jancileide Machado Morgado, irmã de Thiago, contou que, após uma colega de trabalho do irmão alertar sobre o desaparecimento, ela procurou uma delegacia e buscou informações no bairro onde a vítima morava.

Moradores e um mototaxista ajudaram a localizar a casa onde Thiago vivia com Bruno, que levantou suspeitas por seu comportamento. “Quando chegamos lá, o Bruno disse que o Thiago tinha se mudado, que fazia tempo que não o via. Mas sabíamos que não era verdade”, relatou.

Jancileide insistiu para entrar no imóvel: “Ele estava jogando pinho sol no chão. Senti o cheiro. Pedi para ele abrir a porta. Ele não queria. Falei que ia entrar”, disse. Ao entrar, viu que os pertences do irmão ainda estavam lá e notou que Bruno permanecia encostado na geladeira. Ao encontrar os restos do corpo de Thiago, ela passou mal.

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“Pedi: ‘Abre a geladeira.’ Ele não queria. Falei: ‘Por favor, ou vai ser pior. Vou fazer um escândalo.’ Ele abriu. Vi os sacos… ele confessou que matou mesmo. Comecei a passar mal”, relatou.

Bruno confessou o crime

A irmã de Thiago registrou em vídeo o momento em que confronta o suspeito na casa onde o crime ocorreu. Nas imagens, ela pergunta diretamente a Bruno: “Você matou o Thiago?”. Ele responde com frieza: “Matei”. Em seguida, Jancileide questiona onde está o corpo do irmão, e o homem afirma: “Tá na geladeira.”

Ela destacou que Bruno não demonstrou arrependimento pelo crime em nenhum momento e o descreveu como uma pessoa fria. “Ele não chorou, não demonstrou nenhum tipo de remorso. Nenhum. Foi muito cruel”, disse.

Segundo Jancileide, a preocupação com o desaparecimento começou quando uma colega de trabalho de Thiago entrou em contato para avisar que ele não dava notícias desde domingo. Para ela, isso era incomum, já que Thiago sempre respondia.

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Diante disso, a amiga alertou: “Olha, aconteceu alguma coisa, vocês têm que ir atrás”, conta Jancileide.

Partes do corpo foram cozinhadas e batidas no liquidificador

De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu após uma discussão entre Thiago e Bruno. O acusado usou uma faca para matar a vítima, esquartejou o corpo, cozinhou partes dele, bateu no liquidificador e tentou jogar os restos no vaso sanitário.

Bruno Guimarães da Cunha Chagas, preso por matar e esquartejar Thiago. Foto: Reprodução

A polícia foi ao local após denúncias e, com apoio da Core, encontrou evidências do crime. Partes do corpo foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML). Bruno foi preso em flagrante e vai responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

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“Deus nos deu forças”

Jancileide ressaltou que a descoberta do corpo de Thiago não seria possível sem a ajuda dos moradores da região: “Sem eles, ele [Bruno] teria limpado a cena do crime e seguiria a vida normalmente.”

Thiago era gerente de uma padaria e era querido por colegas e clientes. “Ele amava trabalhar lá. Esse coração foi direto pro céu”, disse a irmã. “Foi uma crueldade horrível. Mas Deus nos deu força. Só conseguimos por causa da comunidade. Só gratidão.”