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Violência urbana no Rio afeta psicológico de motoristas de ônibus na Capital

Aumento da violência fez com que número de profissionais que pedem para trocar de linhas aumentasse

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

O aumento da violência e o uso de ônibus como barricadas em ações criminosas tem provocado uma onda de demissões e pedidos de troca de linhas entre os motoristas que andam na cidade do Rio, principalmente na Avenida Brasil. Em 2024 foram registrados 4.405 roubos em coletivos nos 147 bairros do Rio de Janeiro. Este ano, o número saltou para 7 mil.

A situação tem gerado preocupação ao Sindicato dos Rodoviários, uma vez que mais de 330 motoristas solicitaram afastamento, alegando que não se sentem mais seguros para continuar trabalhando nas condições atuais.

Um caso recente é o do último dia 16, quando nove ônibus foram sequestrados na região da Cidade de Deus durante ações criminosas. Segundo o Rio Ônibus, os coletivos tiveram as chaves retiradas e foram utilizados como barricada na freguesia. No mesmo dia, outros sete coletivos tiveram as chaves tomadas na Cidade de Deus, impactando o itinerário de 15 linhas.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, detalha quais ações o sindicato tem feito para ajudar esses profissionais:

“A gente começou em junho do ano passado o atendimento de psicólogo, que era uma solicitação da nossa categoria, que começou com uns 25 atendimentos semanais. Hoje a gente está chegando aos 60 e tem uma fila de espera. E não é só o nosso trabalhador rodoviário que está adoecendo, seus familiares também. A gente percebe isso nos atendimentos, que seus familiares também estão procurando muito esse serviço. Ou seja, essa questão da violência está atingindo também a família do nosso trabalhador. Infelizmente, a gente não tem mais para quem recorrer, porque a segurança pública realmente está em colapso. Essa é a realidade”.

O presidente lembra ainda que informações recebidas no sindicato pelo Instituto de Segurança Pública apontam que, em janeiro deste ano, foram registrados 563 roubos em coletivos, cerca de 18 por dia, um aumento de cerca de 23% em relação ao mesmo período do ano passado com 456. Além disso, ressaltam que a maioria desses assaltos ocorreram nos horários de pico, onde passageiros estão indo ou voltando para o trabalho, entre 4h30 e 7h da manhã e 17h e 21h30, principalmente na Av. Brasil entre Campo Grande e Caju.

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