Saúde
InfoGripe alerta para alta expressiva de casos de SRAG
Apenas em alguns estados e no Distrito Federal, o estudo já começa a verificar um sinal de interrupção do crescimento ou início de diminuição de casosO novo Boletim InfoGripe da Fiocruz chama atenção para o fato de que este ano, até o momento, o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) no país tem sido consideravelmente maior do que o observado nos dois últimos anos. Entre as semanas epidemiológicas 19 e 22, o número de casos de SRAG quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado, registrando um aumento de 91%. Essa alta atípica de ocorrências se concentra principalmente nos estados das regiões Centro-Sul. A influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) têm causado o maior número de hospitalizações por SRAG, que seguem aumentando em boa parte do país.
Apenas em alguns estados (Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo) e no Distrito Federal, o estudo já começa a verificar um sinal de interrupção do crescimento ou início de diminuição de casos. No entanto, a incidência de hospitalizações por SRAG nessas regiões continua muito elevada. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 23, de 1º a 7 de junho.
Pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella destaca a influenza A que têm causado o maior número de casos de SRAG no país, afetando todas as faixas etárias, mas com maior impacto nos idosos. Além disso, o VSR também tem contribuído para a alta de casos de SRAG no país, sendo este a principal causa de hospitalização de crianças pequenas.
O Boletim constatou a manutenção do crescimento de influenza A na maior parte dos estados das regiões Centro-Sul e Nordeste, e em parte da região Norte, com níveis de incidência variando de moderado a muito alto. Jovens, adultos e idosos são as populações mais afetadas. No entanto, já há sinais de interrupção do aumento ou início de queda nos casos, especialmente entre os idosos, no Norte (Amazonas, Pará, Tocantins) e no Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul), embora esses estados ainda apresentem patamares elevados de incidência.