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Ciência

‘Kit Covid’: Mesmo sem comprovação científica diretor de hospital em Campos prescreve medicamentos

Conselho de Medicina diz que profissional tem autonomia para receitar o que julgar adequado para o tratamento

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Imagem da fachada do hospital
Foto/Reprodução
Imagem da fachada do hospital

Foto/Reprodução

O médico Guilherme Rangel, de 68 anos, diretor da Unidade Pré-Hospitalar do distrito de Travessão, em Campos dos Goytacazes, no Norte do Estado, está receitando para os pacientes infectados com o novo coronavírus, o chamado “Kit Covid”, composto por ivermectina, azitromicina e cloroquina.

As receitas prescritas por ele recomendam a combinação dos três medicamentos, cuja eficácia já foi descartada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com base em testes científicos. Além de ir contra as recomendações da OMS, ele também demonstra uma descrença em relação as vacinas para combater a doença.

O jornalismo da Super Rádio Tupi conversou com o médico e pediu o posicionamento dele sobre o assunto.

“Eu chamo isso de tratamento precoce, contra essa doença terrível (…). Essa vacina contra a Covid, na minha ótica de ver, eu não vejo segurança e eficácia nela”, destacou o profissional.

A Secretaria Municipal de Saúde de Campos informou que o Conselho Federal de Medicina dá total autonomia ao profissional e que é decisão do médico realizar o tratamento que julgar adequado, desde que haja concordância do paciente infectado. Já o Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) se opôs à prescrição desses remédios sem comprovação científica.

Confira nota da Prefeitura de Campos, na íntegra:

A Secretaria de Saúde informa que o Conselho Federal de Medicina, no Parecer nº 4/2020, deliberou que é decisão do médico assistente realizar o tratamento que julgar adequado, desde que com a concordância do paciente infectado, elucidando que não existe benefício comprovado no tratamento farmacológico dessa doença. Respeita-se a autonomia do médico na ponta de tratar, como julgar tratar seu paciente, assim como a autonomia do paciente em querer ou não ser tratado pela forma proposta. O município reforça que não estabelece nenhum protocolo de tratamento para a Covid-19 por ausência de recomendação do Ministério da Saúde.

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