Saúde
Morar perto do mar tem riscos que poucos conhecem
Pesquisas revelam ameaças ocultas para a saúde no litoral.
Microplásticos são fragmentos de plástico com menos de 5 milímetros, formados pela degradação de resíduos maiores, como embalagens e roupas sintéticas. Além deles, existem os nanoplásticos, ainda menores e invisíveis a olho nu. Essas partículas circulam pelo ar, pela água e acabam contaminando organismos marinhos, entrando na cadeia alimentar e chegando até nós.
Assim, o plástico não se limita aos oceanos. Ele também aparece em alimentos, água potável e até no ar que respiramos. Como a decomposição do plástico é lenta, esses resíduos se acumulam no ambiente por décadas. A exposição contínua a microplásticos pode causar inflamações no organismo e facilitar a entrada de outros poluentes químicos.
Como a poluição por microplásticos está ligada a doenças cardiometabólicas?
Pesquisas recentes apontam que pessoas que vivem próximas ao mar e estão expostas a altos níveis de microplásticos têm maior risco de desenvolver doenças como diabetes tipo 2, doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral (AVC). O contato com essas partículas pode gerar inflamação crônica, um fator que contribui para essas condições.
Por exemplo, estudos mostram que regiões costeiras do Golfo do México e da costa Atlântica dos Estados Unidos apresentam taxas mais elevadas dessas doenças em comparação a áreas com menor poluição plástica. Assim, a exposição a microplásticos pode aumentar em até 18% o risco de diabetes tipo 2, 7% de doença coronariana e 9% de AVC.
Quais são as principais fontes de microplásticos e como reduzir a exposição?
Os microplásticos provêm de várias origens, entre elas:
- Desgaste de pneus e asfalto
- Fragmentação de embalagens plásticas
- Fibras sintéticas liberadas na lavagem de roupas
- Produtos de higiene e cosméticos com partículas plásticas
- Resíduos hospitalares e industriais
Para diminuir a exposição, algumas atitudes ajudam bastante:
- Reduzir o uso de plásticos descartáveis
- Optar por roupas feitas de fibras naturais
- Utilizar filtros para microfibras nas máquinas de lavar
- Participar de mutirões para limpeza de praias e rios
- Cobrar políticas públicas eficazes para controlar o descarte de plásticos

Viver perto do mar é seguro diante da poluição por microplásticos?
A segurança em áreas litorâneas depende do nível de poluição local e das medidas ambientais adotadas. Embora morar próximo ao oceano ofereça lazer e bem-estar, é fundamental considerar os riscos da exposição contínua a microplásticos. Assim, o monitoramento da qualidade da água e políticas para reduzir resíduos plásticos são essenciais para proteger a saúde das populações costeiras.
O que pode ser feito para proteger a saúde nas regiões perto do mar?
Para garantir qualidade de vida, governos, empresas e sociedade civil devem atuar juntos. Campanhas de conscientização sobre os impactos do plástico ajudam a mudar hábitos e pressionar por ações mais efetivas. Além disso, investir em pesquisas e tecnologias para descontaminar ambientes e reduzir a produção de plástico é crucial.
Portanto, a busca por soluções sustentáveis é urgente. Assim, quem vive perto do mar e em outras áreas afetadas pela poluição plástica terá mais saúde e segurança no futuro.