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Saúde

O excesso de trabalho pode estar te matando e cientistas alertam

Veja como pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença.

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O excesso de trabalho pode estar te matando e cientistas alertam
Estresse (Créditos: depositphotos.com / Milkos)

Trabalhar por longas horas é uma realidade para muitos, mas poucos estão cientes dos riscos à saúde associados a essa prática. Estudos indicam que jornadas extensas podem aumentar o risco de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e problemas de saúde mental. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) destacaram que trabalhar mais de 55 horas por semana está relacionado a um aumento significativo em mortes por derrame e doenças cardíacas.

Embora a semana de trabalho de 40 horas tenha sido considerada um padrão saudável, pesquisas recentes sugerem que até mesmo essa carga horária pode não ser ideal para a saúde. O estresse crônico gerado por longas jornadas pode levar a problemas como hipertensão, ansiedade e distúrbios do sono, afetando negativamente a qualidade de vida.

Quais são as consequências do excesso de trabalho?

O excesso de trabalho pode impactar a saúde de forma direta e indireta. O estresse constante mantém o corpo em estado de alerta, elevando os níveis de cortisol e, consequentemente, afetando o sistema imunológico e os níveis de açúcar no sangue. Com o tempo, isso pode resultar em condições crônicas como doenças cardíacas e problemas digestivos.

Além disso, trabalhar muitas horas reduz o tempo disponível para atividades saudáveis, como exercícios físicos e descanso adequado. A falta de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal pode agravar ainda mais os efeitos negativos do estresse, aumentando o risco de doenças a longo prazo.

Como o sedentarismo no trabalho afeta a saúde?

O tempo prolongado sentado, comum em muitos ambientes de trabalho, também representa um risco significativo à saúde. Funcionários de escritório, que frequentemente passam de oito a dez horas por dia sentados, estão mais propensos a desenvolver doenças crônicas como hipertensão e diabetes tipo 2. Esse risco é exacerbado quando o tempo de sedentarismo no trabalho é combinado com atividades sedentárias no tempo livre.

Para mitigar esses riscos, é recomendado que os trabalhadores façam pausas regulares para se movimentar e pratiquem atividades físicas regularmente. Estudos sugerem que entre 150 a 300 minutos de exercício por semana podem ajudar a compensar os efeitos negativos do sedentarismo.

O excesso de trabalho pode estar te matando e cientistas alertam
Exercício físico (Créditos: depositphotos.com / dimaberkut)

O paradoxo da atividade física no trabalho

Curiosamente, enquanto a atividade física no tempo livre é benéfica, o aumento da atividade física no trabalho pode ter o efeito oposto. Esse fenômeno, conhecido como o paradoxo da atividade física, ocorre porque os trabalhadores não têm controle sobre a intensidade e a duração de suas atividades físicas no ambiente de trabalho, o que pode levar a estresse crônico e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

Os trabalhadores manuais frequentemente enfrentam esse paradoxo, pois suas atividades físicas são impostas e não planejadas para promover saúde. Em contraste, atletas de elite, que têm controle sobre suas rotinas de treino e recuperação, não experimentam os mesmos efeitos negativos.

Como a flexibilidade no trabalho pode melhorar a saúde?

O ambiente de trabalho e a flexibilidade oferecida aos funcionários desempenham um papel crucial na saúde mental e física. Trabalhadores que têm maior controle sobre suas rotinas e responsabilidades tendem a relatar menos estresse e melhores resultados de saúde. A flexibilidade no horário de trabalho, permitindo ajustes conforme necessário, também está associada a uma melhor saúde mental.

Pesquisas mostram que a falta de flexibilidade está ligada a um aumento na depressão e ansiedade, independentemente do número de horas trabalhadas. Assim, promover um ambiente de trabalho flexível pode ser uma estratégia eficaz para melhorar o bem-estar dos funcionários e reduzir os riscos associados ao excesso de trabalho.