O que é chá de bugre e por que está fazendo sucesso

A erva-de-bugre, cientificamente chamada de Casearia sylvestris, integra a tradição fitoterápica brasileira. Assim, a planta é conhecida por diversos nomes regionais, como guaçatonga, erva-de-lagarto, língua-de-tiu e cafezinho-do-mato.

Apesar de o termo “chá de bugre” ainda ser usado, ele tem caído em desuso para evitar conotações pejorativas, o que levou à adoção de outros nomes populares para as infusões feitas com essa planta.

Quais são os usos tradicionais da erva-de-bugre?

Historicamente, a erva-de-bugre serviu para tratar diversos problemas de saúde. Então, muitas pessoas usavam suas folhas e cascas para preparar chás que aliviavam diarreia, herpes, úlceras e queimaduras.

Além disso, extratos e óleos essenciais feitos a partir da planta também são aplicados topicamente ou ingeridos para combater dores e inflamações.

Quais benefícios e propriedades a erva-de-bugre oferece?

Pesquisas indicam que a Casearia sylvestris contém compostos bioativos importantes. Por exemplo, seus extratos apresentam ação antioxidante, anti-inflamatória, antiviral e antimicrobiana. Estudos laboratoriais mostraram que a planta pode ajudar no combate ao vírus da herpes e auxiliar na cicatrização de úlceras.

Além disso, pesquisas sugerem que a erva-de-bugre possui potencial larvicida contra o mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Porém, esses efeitos ainda precisam de confirmação em estudos clínicos com humanos.

Como preparar o chá de erva-de-bugre e quais cuidados tomar?

Para preparar o chá, utilize 20 gramas de folhas secas para cada litro de água. Então, ferva as folhas por cerca de 10 minutos, coe e consuma ao longo do dia. Porém, pessoas com problemas gástricos devem evitar o consumo isolado e preferir tomar o chá junto às refeições.

Além disso, gestantes, lactantes e pessoas com condições especiais de saúde precisam consultar um profissional antes de usar o chá, pois não há estudos conclusivos sobre sua segurança no consumo prolongado.

O que a ciência diz sobre o uso da erva-de-bugre?

Embora muitos estudos tenham sido feitos em laboratório e com animais, ainda não existem evidências sólidas sobre a eficácia da erva-de-bugre em humanos. Então, é importante usar a planta com cautela e sempre buscar orientação médica.

Assim, novas pesquisas continuam a investigar seu potencial terapêutico e segurança para garantir benefícios reais para quem opta por essa prática fitoterápica.