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Pesquisa aponta que 12% das crianças brasileiras apresentam suspeita de atraso no desenvolvimento

Estudo do Ministério da Saúde mostra crescimento entre as famílias socialmente mais vulneráveis. Expansão da atenção primária está entre as prioridades do governo para mudar essa realidade

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(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde aponta que 12% das crianças brasileiras de até cinco anos têm suspeita de atraso no desenvolvimento e não apresentam os comportamentos e habilidades esperados para essa faixa etária.

A pesquisa, que faz parte do projeto Primeira Infância para Adultos Saudáveis (PIPAS), realizada em parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e o Instituto de Saúde, foi lançada durante a 10ª edição do Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, em Brasília.

O documento mostra, ainda, que a incidência de atraso cresce entre as famílias socialmente mais vulneráveis. Os dados foram coletados entre agosto e outubro de 2022, em 13 capitais do país. O principal objetivo da pesquisa, que abrangeu as cinco regiões do Brasil, é disponibilizar informações para a tomada de decisão sobre ações, programas e políticas voltadas ao desenvolvimento na primeira infância.

Sônia Venâncio, coordenadora de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente no Ministério da Saúde, explica que os indicadores de desenvolvimento infantil integral nas capitais brasileiras ajudam a colocar luz na necessidade de novas políticas públicas, com recortes locais que podem dar ainda mais eficiência ao trabalho dos gestores.

“Esse projeto não substitui as pesquisas de abrangência nacional, que apresentam um panorama do país, mas essa média nacional, muitas vezes, pode mascarar diferenças regionais. Como nosso foco é disponibilizar os dados para a realidade local, eles variam muito de contexto para contexto, e cada local pode pegar seu conjunto de dados para planejar as ações mais apropriadas que podem garantir o desenvolvimento na primeira infância”, destaca.

Ao todo, 13 mil crianças de 0 a 5 anos foram avaliadas pelo estudo, já que é nesse período que elas desenvolvem suas habilidades motoras, cognitivas, de linguagem e socioemocionais. 

Segundo o Ministério da Saúde, é fundamental que pais ou responsáveis compareçam à unidade básica de saúde (UBS) para fazer o acompanhamento do desenvolvimento da criança. O fortalecimento e a ampliação da atenção primária, a porta de entrada do Sistema Único de Saúde, é uma das prioridades de ação do governo federal. A ampliação do acesso e do atendimento de qualidade na atenção primária à saúde também está sendo possível com a retomada do Mais Médicos.