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Brasil

Pesquisa do INCA aponta que mais 28 milhões de pessoas estão protegidas do fumo passivo dentro de casa

Fumaça do tabaco contém mais de 7 mil substâncias químicas e, no mínimo, 69 delas provocam câncer

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Imagem de uma pessoa fumando
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mais 28 milhões de pessoas protegidas do fumo passivo dentro de casa no Brasil. A pesquisa é do Instituto Nacional de Câncer. O estudo, publicado no artigo “Desnormalização do tabaco em casa: a contribuição da proibição de fumar em ambientes fechados no Brasil”, analisou dados de levantamentos nacionais nos anos de 2008, 2013 e 2019 e constatou aumento dessa população.
Os pesquisadores do INCA observaram que, independentemente do ano de análise, pessoas que trabalhavam em ambientes fechados livres de fumo apresentaram também maior percentual de proteção ao tabagismo passivo dentro dos seus lares, em comparação com pessoas empregadas em lugares nos quais a exposição à fumaça ambiental de produtos derivados de tabaco ainda ocorria.
A fumaça do tabaco contém mais de 7 mil substâncias químicas e, no mínimo, 69 delas provocam câncer. A exposição involuntária de adultos por longos períodos a esses compostos pode ocasionar desde reações alérgicas em curto prazo, até infarto agudo do miocárdio, câncer do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica. As estimativas atuais sugerem que, no Brasil, das cerca de 162 mil pessoas que morrem anualmente por conta do tabagismo, aproximadamente 19 mil são vítimas do fumo passivo.

“É muito importante constatar que uma lei que protege a saúde de pessoas que convivem em um meio ambiente pode influenciar o seu comportamento em seu ambiente familiar. Isso acontece porque aumenta a conscientização sobre os riscos para a saúde, o que leva à reflexão de que esse comportamento de proteção poderia ser levado para os familiares no ambiente doméstico”, enfatiza a coordenadora de Prevenção e Vigilância do INCA, a médica epidemiologista Liz Maria de Almeida.

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