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Brasil

Seis em cada dez crianças de 9 a 10 anos jogam online

Psicóloga ressalva que os pais precisam estar atentos ao excesso, tal como estabelecer regras.

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Jogo Online
Jogo Online (Foto: Reprodução)

As crianças e os adolescentes estão mais conectados e viciados em jogos online, é o que conclui o estudo TIC Kids Online, de 2022. De acordo com os dados, 42% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos disseram participar de jogos na internet conectados a outros jogadores todos os dias ou quase todos os dias. Entre os nove e os 10 anos, esse percentual sobe para 59%, e dos 15 aos 17 anos, esse número chega a mais da metade dos entrevistados: 55%. Estar conectado o tempo todo pode trazer problemas para os estudos e a vida social.

De acordo com a psicóloga Claudia Melo, é preciso que os pais e as crianças tenham em mente o sentido da palavra “excesso”: “Todo excesso vai gerar, sim, alguma consequência e essa consequência vai vir, sim, no físico e no mental. A gente percebe que no físico tem um sedentarismo, problemas de visão, distúrbios do som, alteração de humor. Claro que a gente precisa observar se já tem um vício ali sendo instalado antes de dizer que a criança está viciada. É importante observar se tem ali uma compulsão, ou perda do controle”, explica.

Psicóloga Claudia Melo
Psicóloga Claudia Melo (Foto: Divulgação)

Claudia diz que uma pessoa viciada em jogos online está sempre tentando organizar as horas, pensando o tempo todo em quando vai estar livre para jogar. “Ele prioriza estar jogando ao invés de se relacionar com as pessoas. Ele não quer estar vivenciando a experiência de conhecer pessoas, de criar novos vínculos. É interessante a gente entender que essas preocupações excessivas trazem para esse sujeito um aprisionamento, porque ele o tempo todo pensa nesses jogos”, enfatiza.

Claudia finaliza dizendo que os responsáveis precisam estar atentos a esses excessos, estabelecer algumas regras e tentar promover outras atividades. “Tentar estimular a interação social com esse filho, com esse sobrinho, com esse parente. E também estipular tempo, observar esse tempo, colocar limites. É interessante esse limite, é importante lembrar que cada caso é um caso, mas observando, vai se chegar a um entendimento de como que está funcionando esse seu parente, esse seu filho, esse seu sobrinho. Talvez vá precisar, sim, de uma ajuda de um profissional da saúde mental, percebendo o vício. Sim, vai ter que entrar com a medicação, terapia. É importante ter essa consciência que, às vezes, quem está adoecido não se percebe. Quem vai perceber, quem vai sinalizar, é alguém que está perto e próximo, então esteja atento”.

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