Saúde
Síndrome de Burnout: o impacto da violência na saúde mental dos agentes
Agressões diárias, como a ocorrida no BRT, podem levar a transtornos de ansiedade e estresse agudo; saiba como identificar os sinais e buscar ajuda
A recente agressão a agentes do programa BRT Seguro por um ambulante no Rio de Janeiro joga luz sobre um problema invisível e perigoso: o impacto da violência diária na saúde mental de quem trabalha na linha de frente. Expostos a confrontos constantes, esses profissionais se tornam alvos fáceis de transtornos de ansiedade, estresse agudo e, principalmente, da Síndrome de Burnout.
Situações de alta tensão, como a ocorrida no transporte público carioca, não são eventos isolados. Para muitos agentes de segurança, fiscais e outros trabalhadores de rua, o risco de violência verbal ou física faz parte da rotina. Essa exposição contínua a ambientes hostis pode levar a um esgotamento completo, afetando todas as áreas da vida.
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O Burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultante de situações de trabalho desgastantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o Burnout na CID-11 como um fenômeno ocupacional — não como uma doença, mas como uma síndrome resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso.
Sinais de alerta: como identificar
Reconhecer os sintomas é o primeiro passo para buscar ajuda. O quadro de esgotamento profissional costuma se manifestar de forma gradual e pode ser confundido com estresse comum. Fique atento a sinais persistentes que indicam um problema mais sério.
Os principais sintomas podem ser divididos em grupos:
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Exaustão emocional: sentir-se esgotado e sem energia, com uma sensação de que não consegue mais dar conta das demandas emocionais do trabalho.
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Despersonalização: desenvolver uma atitude de distanciamento e cinismo em relação ao trabalho e às pessoas atendidas, tratando-as de forma impessoal.
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Redução da realização profissional: ter uma sensação de incompetência e falta de sucesso no trabalho, com queda na produtividade e na autoconfiança.
Além desses três pilares, outros sinais incluem irritabilidade constante, dificuldade de concentração, dores de cabeça frequentes, insônia e isolamento social. A pessoa pode se tornar mais negativa e perder o interesse por atividades que antes lhe davam prazer.
Ignorar esses sintomas pode agravar o quadro, levando a transtornos de ansiedade generalizada, depressão e outros problemas de saúde. É fundamental que as empresas ofereçam canais de apoio psicológico. Profissionais que se identificarem com os sinais devem procurar ajuda especializada. Opções incluem os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do SUS, psicólogos particulares e serviços de apoio emocional como o Centro de Valorização da Vida (CVV), disponível pelo telefone 188.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.