Rio e a economia criativa no Carnaval sem folia

A Pandemia da Covid-19 é a responsável pelo adiamento ou cancelamento de grandes eventos pelo mundo afora. Conter o avanço do vírus tem sido a árdua missão. No Rio, um dos maiores espetáculos da terra, o Carnaval carioca, também recebeu o carimbo de cancelado.

Qual o impacto desta medida para os profissionais da indústria carnavalesca da cidade?

Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o Carnaval movimentou 8 bilhões de reais na economia do País em 2020. O valor representa um aumento de 80 milhões de reais em relação ao ano de 2019. Só o carnaval carioca movimentou cerca de 2,6 bilhões de reais. Do total das 25 mil e quatrocentas contratações previstas para todo o Brasil no carnaval, 8 mil e quinhentas ficaram concentradas no estado do Rio. Para este ano, a previsão é de que os números sejam bem diferentes.

O presidente da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, Elias Riche, fala do impacto sofrido pelo mundo do samba com a Pandemia.

Além de gerar diretamente milhares de postos de trabalho, as escolas de samba cariocas movimentam uma extensa cadeia produtiva que atinge desde fornecedores de insumos até as indústrias do turismo, de televisão e rádio. O Diretor de Carnaval da Acadêmicos da Rocinha, Jorge Mariano, diz que foi preciso se reinventar.

 

O trabalho de costureiras, aderecistas, artesãos, carpinteiros e cenógrafos resulta não só numa grande festa, mas também no sustento de inúmeras famílias o ano inteiro, além de movimentar a economia informal do estado. O Presidente da Liga Independente das Escolas de Samba, Jorge Castanheira, relata que a entidade busca soluções junto as três esferas de governo para apoiar os profissionais do Carnaval, e que conta com a vacinação da população para que o carnaval de 2022 aconteça com segurança.

O Presidente da Liesa pede confiança dos profissionais da área e a colaboração dos foliões.