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Ação na Vila Cruzeiro deixa pelo menos 22 pessoas mortas

Entre as vítimas está uma moradora da região, identificada como Gabrielle Fereira da Cunha, de 41 anos

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Ação na Vila Cruzeiro deixa pelo menos 22 pessoas mortas (Foto: Divulgação)

Ao menos 22 pessoas foram mortas na operação policial na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (24). A ação começou ainda durante a madrugada e foi encerrada por volta 16h40.

Segundo a Polícia Militar, entre os 22 mortos, 12 eram suspeitos, nove ainda não foram identificados e uma era moradora da região, identificada como Gabrielle Fereira da Cunha, de 41 anos. Ela levou um tiro e morreu na entrada da Chatuba, que fica ao lado da Vila Cruzeiro.

Já entre os feridos durante a operação estão dois homens considerados suspeitos pela polícia; uma mulher que estava lúcida e foi levada na tarde desta terça ao hospital pela Polícia Rodoviária Federal; um homem com ferimento na barriga que foi levado inconsciente ao hospital também pela Polícia Rodoviária; e um policial civil, identificado como Sérgio Silva Rosário, que foi ferido no rosto por estilhaços de bala enquanto fazia perícia no local.

Segundo a Polícia Militar, o tiroteio teve início quando agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacados por criminosos no momento em que iniciavam uma “operação emergencial” na comunidade. O objetivo era prender chefes da maior facção criminosa do estado que estavam escondidos na Vila Cruzeiro.

Procurada pela reportagem da Super Rádio Tupi, a direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas informou na noite desta terça-feira que, até o momento, 28 pessoas vítimas do tiroteio na Vila Cruzeiro foram encaminhadas à unidade desde a manhã. Desse total, 21 chegaram mortas e os corpos estão sendo encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML). As demais sete pessoas deram entrada com ferimentos e estão sendo atendidas. Ainda segundo a unidade, não há registro de uma paciente com o nome Gabrielle Ferreira da Cunha, a moradora atingida durante o tiroteio.

Também na noite desta terça-feira, a Polícia Militar divulgou um novo comunicado dizendo que não é possível considerar exitosa uma operação com resultado de morte, principalmente envolvendo a perda da vida de uma pessoa inocente. No entanto, segundo a PM, a operação se fazia necessária tendo em vista as disputas entre grupos criminosos, inclusive a facção atuante na Vila Cruzeiro, em diferentes comunidades na cidade do Rio de Janeiro.

O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos e a Ouvidoria da Defensoria Pública do Rio informaram que estiveram no Complexo da Penha acompanhando uma operação policial da PM, PF e PRF. Até o momento, se está apurando a legalidade da operação e a proporcionalidade do uso da força. A alta letalidade da operação levanta suspeita de que uma chacina possa ter sido cometida. O eventual envolvimento de algumas vítimas com o crime não autoriza, por si só, o homicídio por agentes do Estado, de acordo com a DPRJ.

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