Botafogo
Adversário do Botafogo na estreia, João Paulo enaltece Seattle Sounders: ‘tradição de disputar títulos na América do Norte’
Norte-americanos e Alvinegros se enfrentam no próximo domingo (15), às 23h (horário de Brasília)
Desconhecido dos brasileiros, o Seattle Sounders estreia no Mundial de Clubes da Fifa contra o Botafogo, no próximo domingo (15), em Seattle, às 23h (horário de Brasília). A equipe norte-americana chega credenciada por ter sido campeão da Concacaf em 2022. Atualmente, o time ocupa o sexto lugar na Conferência Oeste da Major League Soccer (MLS).
O Seattle tem no elenco um velho conhecido do torcedor Alvinegro. O meia João Paulo atuou pelo clube entre 2017 e 2019. Já são cinco temporadas completas nos Estados Unidos. Em entrevista exclusiva ao tupi.fm, o volante enalteceu o clube.
– A gente sabe que no Brasil a cobertura não é tão grande em relação a MLS. Querendo ou não nosso time ainda é desconhecido no Brasil e na América do Sul. A equipe ocupa o sexto lugar na Conferência, e vem de uma temporada em que caímos nos playoffs. Sempre chegamos nas competições que disputamos na Concacaf e na Liga. É uma equipe que tem tradição de disputar títulos na América do Norte. Se tratando de uma competição muito maior e mais difícil, com adversários complicados como é nossa chave, é uma tarefa difícil – disse o jogador, que revelou o estilo de jogo que é adotado pelo Seattle Sounders.
– Nosso estilo dentro da liga é de uma equipe fica muito com a posse de bola, que gosta de propor o jogo, com uma estrutura tática que hoje em dia acaba sendo comum construindo com três homens atrás e um dos laterais subindo para fazer parte do setor ofensivo. O Mundial tem equipes de um calibre muito forte e nossa estrutura de jogo pode se adaptar a isso jogando mais em transição e contra-ataque seria mais inteligente da nossa parte.
João Paulo citou alguns nomes individuais, mas classificou que o coletivo é o ponto forte do Seattle.
– Até o ano passado tínhamos mais brasileiros no elenco. Léo Chú e Nathan saíram. Temos alguns nomes que são referências na liga. O Cristian Roldan tem passagem pela Seleção dos Estados Unidos, o Jordan Morris também. O Rusnák também tem histórico na seleção da Eslováquia. O goleiro Stefan Frei é muito experiente. É um time que não se caracteriza por grandes nomes individuais, mas por jogar bem em grupo. Esse sempre foi o histórico da nossa equipe até na conquista da Concacaf em 2022.
Veja outros trechos da entrevista
Torcida do Seattle
– Não é parecido com o que a gente tem no Brasil. O jeito de torcer e o comportamento no estádio é bem diferente. Dentre as equipes da liga a nossa é a que mais chega perto das torcidas no futebol da América do Sul, que mais vibra e canta. Temos uma média de público de 30 mil pessoas nos jogos. É uma torcida fiel, que acompanha e incentiva, mas é uma atmosfera diferente do que somos acostumados no Brasil.
Evolução da MLS
– Desde a minha chegada em 2020 dá pra dizer que houve uma evolução grande em qualidade, estrutura, as equipes estão investindo mais e olhando para a base. Hoje é um futebol mais completo. De maneira geral é uma liga que vem crescendo e ficando mais forte. Tem alguns jogadores que estão saindo daqui e voltando para o Brasil, alguns indo para Europa, então é um mercado que vem se expandindo.
Lionel Messi
– Ainda não enfrentei o Messi porque o Inter Miami está em outra Conferência. A gente tem um jogo marcado contra eles em outubro. O Messi é a ‘cereja do bolo’. A chegada dele atrai muitos olhares de quem tá fora, até da Europa que é o maior mercado que temos no futebol.
Reencontro com o Botafogo
– Vai ser especial. Estava falando com o Carli já combinando de encontrá-los. Tenho um carinho muito grande pela torcida, pelos jogadores, staff e comissões que estavam na minha época. Vai ser um momento muito bacana.

Grupo B no Mundial
– Com certeza a gente caiu no grupo mais difícil. São dois gigantes europeus e o Botafogo, que vive uma fase muito boa atual campeão Brasileiro e da Libertadores. Vai ser uma tarefa complicada. Confesso que a gente nem pensa muito em pontos e classificar. Somos muito humildes quanto ao fato de pensar jogo a jogo. É tentar ao máximo na estreia fazer um bom papel, depois nos outros jogos tentar alguma coisa. Nosso intuito é respeitar os adversários e ser competitivo, buscar impor o que a gente tem treinado.
Comportamento do povo americano com o Mundial
O americano em si tem muitos esportes em meio ao futebol. São outras opções e o futebol não é uma prioridade pra eles. Essa movimentação não tem o interesse como estamos acostumados a ver na América do Sul. Aqui na cidade, por ter culturalmente outras nacionalidades entre mexicanos, brasileiros e asiáticos, esse pessoal tem um interesse maior. No Brasil o futebol representa muita coisa, nos Estados Unidos ainda está em crescimento de evolução. Mas tenho certeza que será um evento marcante e terá uma ótima média de público.