Advogada acusa clínica veterinária de negligência após morte de cadela no Rio - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco
x

Rio

Advogada acusa clínica veterinária de negligência após morte de cadela no Rio

Tutora alega que foi coagida a autorizar procedimento sem necessidade; Ministério Público investiga o caso

Publicado

em

Compartilhe
google-news-logo
Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko e Divulgação

A advogada Audrey Mayana Lopes Alves denunciou médicos veterinários de um centro de cuidado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por negligência que resultou na morte de sua cadela, Aisha, da raça Spitz Alemão. Segundo Audrey, a clínica pressionou-a a autorizar uma cirurgia sem apresentar laudos conclusivos, o que levou à morte do animal durante o procedimento.

Em entrevista à Super Rádio Tupi, a tutora relatou que levou Aisha para uma consulta de rotina e foi surpreendida com um diagnóstico de infecção grave no útero, sendo informada de que a cadela corria risco de morte. Mesmo sem sintomas aparentes e com exames inconclusivos, a veterinária recomendou uma cirurgia de emergência. Após atrasos e inconsistências na equipe médica, Aisha sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

Advogada relata “série de erros”

Após o óbito, Audrey descobriu que Aisha não tinha piometra e que a cirurgia realizada foi, na verdade, uma castração desnecessária. A advogada registrou uma notícia-crime e levou o caso ao Ministério Público, que agora investiga a clínica por suposta coação e erro médico.

“Eu não posso afirmar, porque a gente já tem a notícia crime, estou junto com outra advogada, a gente já levou ao Ministério Público, já fizemos todas as denúncias, quem vai decidir a justiça agora é o Ministério Público ou a Justiça. Mas há uma série de erros, imperícias, coação. São muitas coisas que não cabe a mim aqui ficar falando ou acusando, porque quem vai acusar é o Ministério Público ou a Justiça.”

Exames da Aisha. Foto: Reprodução

Veterinário comenta o caso

Um veterinário comentou na postagem da advogada, reconhecendo que a clínica decidiu pela cirurgia com base apenas na ultrassonografia, sem a conclusão dos exames laboratoriais. Ele confirmou que a tutora foi induzida a assinar um termo de responsabilidade, assumindo os riscos de morte e anestesia, mesmo sem sintomas clínicos e informações suficientes.

LEIA MAIS: Homem é esfaqueado em shopping na Zona Oeste do Rio

Aisha faleceu poucas horas após a cirurgia. O doutor também afirmou que os vídeos, comentários e críticas da tutora seriam enviados ao setor jurídico da clínica, sugerindo uma tentativa de silenciar a família.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.