Rio
App de namoro vira isca em golpe do “Boa Noite, Cinderela”; homem é preso
O suspeito fazia parte de uma quadrilha especializada em dopar vítimas, geralmente turistas, e furtar seus pertences e valores
A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (6) um homem suspeito de aplicar golpes do tipo “Boa Noite, Cinderela” contra turistas. A ação, realizada em Cabo Frio, Região dos Lagos, foi conduzida por agentes da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) e da 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema), após trabalhos de inteligência e monitoramento.
Segundo as investigações, o suspeito, identificado como Cláudio Rafael Silva de Queiroz de Pontes, fazia parte de uma quadrilha especializada em dopar vítimas, geralmente turistas, e furtar seus pertences e valores. Ele foi preso preventivamente por roubo majorado e associação criminosa.
Como atuava o grupo criminoso
De acordo com os inquéritos, Cláudio Rafael usava aplicativos de relacionamento para atrair as vítimas, com quem marcava encontros em locais turísticos da Zona Sul do Rio, como as praias de Ipanema e Copacabana. Durante os encontros, ele oferecia bebidas contendo entorpecentes, dopava as vítimas e, em seguida, praticava os roubos.
Em um dos casos apurados pela Deat, um turista mexicano conheceu o suspeito por meio de um aplicativo e se encontrou com ele em Ipanema. Após consumir bebidas em uma barraca, o estrangeiro perdeu a consciência e foi abandonado na praia. Socorrido por vendedores, o turista teve o celular roubado e precisou de atendimento médico.
Outras vítimas e prejuízos
As investigações apontam ainda outros episódios semelhantes. Em 28 de junho de 2025, um turista italiano teve a mochila, o celular e valores equivalentes a 19 mil euros subtraídos após ser dopado. Já em 1º de agosto de 2025, dois turistas chilenos relataram perda de celulares, cartões e cerca de R$ 15 mil após um encontro marcado com o suspeito em Copacabana.
Outro caso, investigado pela 13ª DP, ocorreu em 10 de agosto de 2025, quando um turista do Recife foi dopado e roubado após aceitar uma bebida oferecida por um dos integrantes da quadrilha. Ele perdeu o celular e teve transações bancárias indevidas de mais de R$ 60 mil realizadas em seu nome.
Prisões e investigações em andamento
Com base nas diligências, os policiais da Deat e da 13ª DP identificaram a estrutura do grupo criminoso e individualizaram a participação de cada integrante. Além de Cláudio Rafael, outros suspeitos já foram indiciados e tiveram mandados de prisão preventiva expedidos, mas permanecem foragidos.
As investigações continuam para localizar os demais envolvidos e desarticular completamente a quadrilha.




