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Rio

Bandidos usam máquinas de cartões e Pix para vender drogas e receber o pagamento de extorsões no Rio

Polícia Civil já encontrou indícios de que a milícia chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, disponibilizou pix para receber pagamentos de extorsões

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Foto Destaque: Divulgação

A Polícia Civil analisa informações sobre traficantes de duas facções criminosas rivais e uma quadrilha de milicianos que têm feito uso de máquinas de cartões, ou transferências eletrônicas via pix, para vender drogas ou cobrar extorsões. Em vídeo divulgado, no dia 26 de abril, em seu canal do YouTube, o influenciador grego Timmy Karter, mostrou sua estadia, durante um dia e uma noite, no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio.

Nas imagens, é possível visualizar uma bancada com venda de pinos cocaína, maconha e lança-perfume, além de uma máquina de cartões. A gravação não mostra os rostos dos bandidos responsáveis pelo comércio ilegal.

O Chapadão tem o tráfico controlado pela maior facção criminosa do Rio. Mas, a quadrilha não é a única a fazer o uso de cartões em seus negócios. Informações recebidas pela polícia dão conta que o bando do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, que controla o tráfico na Cidade Alta, Parada de Lucas e Vigário Geral, na Zona Norte, também usaria maquinetas para vender cocaína e maconha. Conforme a denúncia, que está sendo analisada por investigadores, a prática acontece desde o fim de 2022. Um dos bandidos mais procurados do Rio, Peixão integra uma facção criminosa que é rival aos criminosos que controlam o comércio de drogas no Chapadão.

A Polícia Civil já encontrou indícios de que a milícia chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, disponibilizou pix para receber pagamentos de extorsões. A indicação do uso da transferência eletrônica para engordar o lucro dos milicianos consta em uma contabilidade apreendida em poder de um paramilitar, preso no último dia 29 de março, em Itaguaí, por uma equipe da Delegacia De Repressão às Ações Criminosas Organizados e Inquéritos Especiais (Draco-IE).

Em um dos trechos do documento, que está sendo analisado por investigadores, constam dois valores (R$ 400 e R$ 500) ao lado da palavra pix e dos nomes dos supostos pagadores, que seriam comerciantes da cidade. O bandido seria ligado a Zinho, acusado de chefiar uma milícia na Zona Oeste e em parte da Baixada Fluminense. A polícia vai tentar confirmar se a transferência ocorreu e para que conta ela foi endereçada.

Para receber qualquer valor por transferência eletrônica, incluindo pagamentos por máquinas de cartões, há necessidade da existência de uma conta bancária e um número de CPF, por parte da pessoa que recebe a importância creditada. Segundo a polícia, bandidos têm usados “laranjas” (pessoas que às vezes, sem saber, emprestam seus nomes a uma organização criminosa ao ter um documento clonado ou furtado) para conseguir obter o Pix.

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