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Coronavírus

Bolsonaro critica Witzel por causa de decreto: ‘Parece que o Rio de Janeiro é um outro país’

Documento assinado pelo governador do Rio na última quinta-feira fecha estabelecimentos, proíbe voos e isola completamente a capital fluminense

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Documento assinado pelo governador do Rio na última quinta-feira fecha estabelecimentos, proíbe voos e isola completamente a capital fluminense (Foto: Reprodução)

Documento assinado pelo governador do Rio na última quinta-feira fecha estabelecimentos, proíbe voos e isola completamente a capital fluminense
(Foto: Reprodução)

O presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), criticou as medidas de combate a disseminação do novo coronavírus, estabelecidas em decreto pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que entram em vigor no próximo sábado. De acordo com Bolsonaro, as determinações que visam isolar completamente a capital fluminense são “extremas” e “não compete a ele”, pois fazem parecer que “o Rio de Janeiro é outro país”.

“Estão tomando medidas, no meu entender, exageradas. Fecharam o aeroporto do Rio de Janeiro. Não compete a ele, meu Deus do céu! A Anac está à disposição, é uma agência autônoma que está aberta para todo mundo, para conversas. Eu vi ontem um decreto do governador do Rio que, confesso, fiquei preocupado. Parece que o Rio de Janeiro é um outro país. Não é outro país. Você tem uma federação”, afirmou Bolsonaro, na manhã desta sexta-feira, durante saída do Palácio da Alvorada.

No decreto assinado por Witzel, na última quinta-feira, ficam suspensas, a partir da meia-noite deste sábado, a abertura e o funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes, quiosques, boates e outros estabelecimentos durante 15 dias. Além disso, com exceção dos trens e barcas com restrições, o documento determina a proibição da circulação de transportes intermunicipais de passageiros que ligam a Região Metropolitana à capital e a entrada ou saída de carros de aplicativos de transportes na cidade do Rio.

Para Bolsonaro, tais medidas podem causar impactos desnecessários na economia. Com isso, segundo ele, quem mais sofre é o trabalhador informal, sem vínculo empregatício, que sem conseguir vender, não terá condições de comprar alimentos e pode morrer de fome. “Temos que tomar medidas equilibradas, (e não medidas) que cada vez mais levam pânico. Se vocês acompanharem o que está acontecendo com o povo, em especial o mais pobre… Daqui a pouco vamos ter problema de saque, outros problemas vão aparecer no Brasil”, avaliou o presidente.

Além de Witzel, medidas semelhantes foram aplicadas pelo governador Ibaneis Rocha, do Distrito Federal. “Tem certos governadores, tenho que criticar de novo, que estão tomando medidas extremas, que não competem a eles: fechar aeroportos, fechar rodovias… Não compete a eles. Fechar shopping etc, está para fechar a feira dos nordestinos (Feira de São Cristóvão) no Rio de Janeiro. Se o comércio para, o pessoal não tem o que comer. Em alguns casos, o vírus mata, sim, mas muitas mortes serão (de pessoas) sem comida. A pessoa com uma alimentação deficitária é mais propensa, ao pegar o vírus, a complicar sua situação sanitária, levando até a óbito. O remédio tem que ser proporcional, se não, mata. Se qualquer um tomar remédio demais, vira veneno”, declarou.

 

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