Tragédia no Monte Rinjani: jovem brasileira é a 10ª vítima em cinco anos

Juliana Marins, de 26 anos, morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, tornando-se a 10ª vítima fatal registrada no local desde 2020. A jovem brasileira é a segunda pessoa a morrer em 2025 no parque, que tem enfrentado um aumento preocupante de acidentes nos últimos anos.

Segundo dados do governo indonésio divulgados no início do ano, entre 2020 e 2024 foram registrados 180 acidentes e oito mortes no Monte Rinjani. A morte de Juliana ainda não consta nas estatísticas oficiais atualizadas. O caso anterior foi o do malaio Rennie Bin Abdul Ghani, de 57 anos, que caiu de um penhasco em maio deste ano.

Por que os acidentes aumentaram no Monte Rinjani?

O levantamento oficial aponta uma escalada nos registros de acidentes. Em 2020, foram 21 ocorrências, número que subiu para 33 em 2021, teve leve queda em 2022 (31) e voltou a crescer em 2023 (35) e 2024 (60). Das 180 vítimas, 136 eram indonésios e 44 estrangeiros. As principais causas incluem quedas, torções e o uso inadequado ou ausência de equipamentos de segurança.

O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e um dos destinos de trekking mais procurados do país. O fluxo de visitantes aumentou após o fim das restrições da pandemia, o que também elevou os riscos de acidentes.

Quais medidas estão sendo tomadas pelas autoridades?

Em março, o governo da Indonésia propôs um novo Procedimento Operacional Padrão (POP) para busca, resgate e evacuação, visando responder à crescente demanda e prevenir novas tragédias. O documento cita o descumprimento das normas de segurança por parte dos turistas como um fator recorrente nos acidentes.

O parque também enfrentou casos de desaparecimentos e quedas graves em 2024, como o do adolescente Kaifat Rafi Mubarraq, encontrado morto dias após sumir durante uma caminhada, e um turista irlandês que sobreviveu a uma queda de 200 metros.