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Coronavírus

Campeã da São Silvestre morre de covid-19 aos 52 anos

Roseli Machado, que representou o Brasil no Jogos de Atlanta em 1996, estava internada e intubada em Curitiba

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Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Morreu na manhã desta quinta-feira (8), aos 52 anos, a ex-corredora Roseli Aparecida Machado, vítima da covid-19. Segunda brasileira a vencer a Corrida Internacional de São Silvestre na história e atleta olímpica nos Jogos de Atlanta (Estados Unidos) em 2006, Roseli estava internada em Curitiba. De acordo com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), ela foi intubada há duas semanas e não resistiu à doença.

Confira a nota da CBAt:

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) lamenta informar a morte da atleta olímpica e campeã da São Silvestre Roseli Aparecida Machado, ocorrida às 5:05 desta quinta-feira (8/4), em Curitiba (PR). Aos 52 anos, ela foi mais uma vítima da COVID-19. Estava intubada havia duas semanas, mas não resistiu à doença. A CBAt registra o seu profundo pesar pela perda da Roseli e presta seus sentimentos aos familiares e amigos.

Campeã da Corrida Internacional de São Silvestre de 1996 – a segunda brasileira a vencer desde 1975, quando foi criada a prova feminina, com 52:32 -, ela representou o Brasil nos 5.000 m dos Jogos Olímpicos de Atlanta, também em 1996. Roseli terminou a prova em 22º lugar, depois de receber uma pisada no calcanhar.

Considerada uma das maiores corredoras que o Brasil teve, Roseli nasceu no dia 27 de dezembro de 1968 em Coronel Macedo (SP), mas foi criada em Santana do Itararé (PR). Aos 14 anos, foi convidada a praticar atletismo pelo professor de educação física de sua escola por ter chamado a atenção nas aulas. Então começou a frequentar o Centro de Treinamento de Londrina (PR) e a treinar com o professor Antônio Carlos Gomes.

Durante a carreira, encerrada precocemente em 1997 por causa de uma cirurgia malsucedida, teve resultados expressivos em provas de fundo, dos 5.000 m a maratona. Formou-se em Educação Física e especializou-se em Fisiologia do Exercício, trabalhando a partir de 2002 como treinadora de atletismo.

Ainda na nota oficial, o presidente do Conselho de Administração da CBAt, Wlamir Motta Campos, destacou a relação com a ex-atleta e expressou profundo pesar com a perda precoce:

“Nós tínhamos uma grande amizade, fomos atletas pelo mesmo clube, treinamos juntos quando eu era juvenil, defendemos Londrina no começo das nossas carreiras. Estou muito sentido, vem as lembranças… Treinamos juntos na pista de Londrina quando era de saibro ainda. Conversamos bastante no ano passado, quando ela foi candidata a vereadora em Almirante Tamandaré e, atualmente, trabalhava com construção civil, tinha uma pequena empresa”, destacou Wlamir.

*Com informações da CBAt

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