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Capital Fluminense

Caso Viúva Negra: Acusada de matar ex-maridos e foragida a mais de 40 anos, é vista na Flórida

Heloísa é procurada em 188 países

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Foto: Divulgação Portal dos Procurados
Foto: Divulgação Portal dos Procurados

Procurada a mais de 40 anos, Heloísa Borba Gonçalves ou Heloísa Gonçalves Duque ou Heloísa Saad, a Viúva Negra, como ficou conhecida pelos vários crimes de que é acusada, teria sido vista no estado de Boca Raton, na Flórida. Hoje com 73 anos, ela é acusada de cometer quatro homicídios e duas tentativas de homicídio, sendo alguns contra ex-maridos.

As sequencias de mortes cometidas por Heloísa Borba começaram em 1971. Natural do Rio Grande do Sul, ela também foi condenada pela justiça do Rio, pelos crimes de bigamia e falsidade ideológica, onde foi expedido um mandado de prisão contra ela, além de ter sido denunciada por fraudar o INSS.

Em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe negou um pedido de habeas corpus no ano 2010, Heloísa foi chamada pela ministra Carmem Lúcia, de “criminosa contumaz e perigosa”.

Heloísa Borba Gonçalves foi denunciada pela morte de Jorge Ribeiro, um dos maridos; é a principal suspeita da morte tanto do ex-namorado Wargih Murad, que descobriu o passado suspeito dela, e do pedreiro que o acompanhava na ocasião; é acusada ainda de tentar matar o filho de Wargih, Eli Murad, que na ocasião levou dois tiros na nuca, e de mandar matar o detetive por ele contratado para investigar a morte do pai, Luiz Marques da Mota.

Ainda de acordo com o STF, Heloísa teve um marido, Irineu Duque Soares, assassinado em 1983, em Magé, meses depois de ter se casado com ela, com pacto nupcial de comunhão total de bens. Na época, após seu depoimento à delegacia, o crime foi registrado como latrocínio, roubo seguido de morte.

O documento afirma ainda que um de seus companheiros e pai de alguns de seus filhos, Carlos Pinto da Silva, chegou a ser denunciado por crimes patrimoniais junto com Heloísa e acabou sofrendo uma tentativa de homicídio durante uma viagem com ela à Salvador.

Na época, ele chegou a acusá-la de ser a responsável pelos tiros que o atingiram. Essas são apenas algumas das informações sobre a acusada de que se tem notícia.

Bígama – Quando era casada com o militar Jorge Ribeiro, casou-se, ao mesmo tempo, com o comerciante aposentado Nicolau Saad, que morreu pouco tempo depois. Com idade avançada, sua morte foi tida na época como natural. Ela passou, então, a usar uma antiga procuração do marido para transferir imóveis do falecido e acabou condenada por falsidade ideológica.

Enquanto mantinha os dois relacionamentos, Heloísa engravidou e, segundo o Tribunal de Justiça do Rio, induziu os dois a registrarem a criança. Em 1992, Jorge Ribeiro foi assassinado a pauladas, com as mãos amarradas, em uma sala comercial de propriedade dele, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

Heloísa, que estava separada de Ribeiro, é acusada de ser a mandante, ajudar na execução do crime e facilitar a fuga do assassino, visando os bens da vítima.

Após faltar a quatro julgamentos, Heloísa foi condenada em 26/08/2011, a 18 anos de prisão, além dos quatro anos e seis meses que já havia sido condenada, pelo 2º Tribunal do Júri do Rio, num julgamento que durou oito horas. A condenação ocorreu graças à Lei da Cadeira Vazia, de 2008, que permite em casos de seguidas faltas do réu.

Além disso, Heloísa encontra-se na lista de procurados da Interpol, Polícia Internacional, sendo procurada em 188 países.

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